O Pavilhão da Criatividade vai ganhar ainda mais brilho em 2008: a Venezuela passa a integrar o conjunto de arte popular latino-americana, que já conta com obras do Brasil, México, Guatemala, Peru, Equador, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Três trajes completos típicos da etnia guajira – dois de homem e um de mulher – vieram na mala de Maureen Bisiliiat, curadora do Pavilhão, que esteve em Maracaibo, na Venezuela, terra dos índios guajiros. Os trajes foram doados ao Memorial pela Prefeitura de Maracaibo, que convidou Bisilliat à Venezuela. As peças serão expostas a partir de janeiro, quando chegar o chinchorro, rede bordada típica dos guajiros que será enviada pela Prefeitura de Maracaibo.
Os trajes, que serão vestidos em manequins, mostram como se vestem as mulheres jovens e as maduras e também os homens guajiros. No caso das mulheres jovens, há muita cor e adereços como um pom-pom de lã que se sobressai das sandálias – ou bellotas – e colares de miçangas. As mulheres mais velhas se vestem com cores mais escuras. Os homens se vestem com o lique-lique, poncho do homem guajiro, e incrementam o traje com cinto, uma espécie de cocar colorido com penas de pavão e uma bolsa.
Os guajiros habitam regiões da península da Guajira, às margens da laguna de Sinamaica – tanto do lado venezuelano como no colombiano. Falando o wayuu, língua do tronco aruaque, os guajiros dedicam-se à criação de gado em terras semi-áridas, enquanto os paraujanos, que vivem no mesmo local, vivem da pesca, morando em palafitas sobre terrenos alagados.