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A Fundação Memorial da América Latina participou da 22ª Bienal do Livro de São Paulo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, encerrada no domingo, 19 de agosto. A estande do Memorial ficava na ala das instituições culturais, científicas e sem fins lucrativos e foi muito visitada. Foram distribuídos milhares de folders da programação e vendidos centenas de livros, o que incrementou a divulgação do que acontece no Memorial. E feitos contatos institucionais valiosos.
Por exemplo, muitas pessoas não sabiam que o Memorial, além de ser um importante centro cultural da cidade, mantém um Departamento de Publicações, com interessantes publicações no catálogo. O Departamento é vinculado ao Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (CBEAL), órgão do Memorial destinado a fomentar e divulgar o conhecimento sobre a América Latina.
O CBEAL lançou seis livros durante a Bienal. Na sexta, 17, a professora da USP Cremilda Medina apresentou essas
publicações no Espaço do Professor. São elas “Fronteiras latino-americanas – geopolítica do século XXI”; “Símbolos itinerantes, estampas mestiças – o caminho da chita da India para a América” (esses três livros foram organizados pela própria Cremilda Medina); “China e América Latina – a geopolítica da multipolaridade”, organizado por Luis Antonio Paulino e Marcos Cordeiro Pires; e “Territorialidades, conflitos e desafios à soberania estatal na América Latina”,organizado Luis Fernando Ayerbe. Na ocasião, Cremilda Medina proferiu a palestra “Poética dos saberes: razão e sensibilidade na trilha do conhecimento”.
Nesse mesmo dia, em outra estande, estava sendo lançado uma nova tradução d`”Os Analectos”, obra fundamental do pensador antigo chinês Confúcio, pela editora da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), parceira do Memorial em várias jornadas. O presidente do Memorial, professor Adolpho Melfi, foi convidado a participar do evento pelo professor Luíz Antonio Paulino, diretor do Instituto Confúcio na Unesp.
Após o lançamento d`”Os Analectos”, a delegação oficial chinesa visitou a estande do Memorial, levada pelo professor Paulino. Os chineses manifestaram especial interesse por uma das publicações lançadas naquele dia – o livro “China e América Latina – a geopolítica da multipolaridade”. Zheng Kejun, Conselheiro Cultural da Embaixada da República Popular da China no Brasil, mencionou o desejo de traduzir a obra para o chinês. E uma negociação foi iniciada para que isso se concretizasse rapidamente.
Esses são os motivos do Memorial participar da Bienal. Apresentar ao público as diversas facetas da sua atividade. Tornar conhecida sua produção cultural. Iniciar novas parcerias e expandir o diálogo cultural para além da América Latina… até a China.
Texto e fotos Eduardo Rascov