
São Paulo, 8 de abril de 2009.
Palavras, imagens, sons, luzes e formas ganham vida e se confundem na nova exposição “Palavras sem fronteiras – Mídias Convergentes”, do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz. Baseada na obra do embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras Sergio Corrêa da Costa, a mostra foi inaugurada na noite de 6 de abril e contou com a participação de autoridades e convidados.
O Diretor Presidente do Memorial da América Latina, Fernando Leça, esteve presente não só para prestigiar a ex-gerente de relações institucionais do Memorial, Zazi Aranha Corrêa da Costa, filha do embaixador Sérgio Corrêa, mas também para conferir as novidades na área de multimídia e tecnologia empregadas na exposição. Um dos objetivos de Leça para 2009 é tornar o acervo do Memorial mais interativo e dinâmico através de recursos audiovisuais.
“Palavras sem Fronteiras” é o resultado do trabalho do embaixador, que recolheu em 15 países, de oito línguas, 3 mil palavras e expressões que refletem em 46 idiomas sem perder seu significado original e resultam no que chamou de “uma espécie de vocabulário sem fronteiras”.
É a primeira vez que uma exposição temporária interage diretamente com a mostra permanente, depois desta virão outras. Antonio Carlos Sartini, diretor do Museu antecipou que a próxima tratará da relação do português com o francês, aproveitando o ano da França no Brasil.
Com curadoria de Maria Eugênia Stein e de Julio Heilbron, da EMC – Marketing Cultural, a exposição invadiu dois andares do Museu. Na Grande Galeria, a imensa variedade de palavras desfila seu uso e contexto, ecoando pelo telão de 106m de comprimento. No Auditório é possível assistir aos trabalhos de doze artistas de videopoesia que fizeram suas criações em cima de uma das palavras sem fronteiras. Na Praça da Língua, é a vez das palavras apresentarem um espetáculo de dança e efeitos especiais numa chuva de raios coloridos.
A exposição fica em cartaz até dia 14 de junho. Para mais informações, acesse http://www.museulinguaportuguesa.org.br.
Sérgio Corrêa da Costa foi advogado, diplomata e historiador, teve longa carreira a serviço do país ocupando o primeiro posto em Buenos Aires com apenas 20 anos. Foi secretário-geral do Itamaraty, ministro interino das Relações Exteriores e, ao deixar a Embaixada do Brasil em Londres, foi nomeado representante permanente junto às Nações Unidas. Em 1983, passou a ocupor a cadeira n° 7, que pertenceu a Castro Alves, na Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 2005. O livro “Palavras sem fronteiras” recebeu o Grand Prix de l”Institut de France, em 1999 e o Prêmio Richelieu-Senghor, Francofonia, em 2005.
Por Gabriela Mainardi