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No dia 10 de julho, na Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar, ocorreu a terceira oficina audiovisual para formação e capacitação de produtores, diretores, roteristas, distribuidores e estudantes da área. Com a mediação do professor e dono de produtora, Pancho Casal, da Espanha, a oficina discutiu a realização das co-produções internacionais e as parcerias entre países ibero–americanos.
Sob o tema “Formas e Estratégias de Financiamento: Como Captar e Gerenciar Recursos Internacionais”, Pancho fez uma apresentação sobre como fundamentar um projeto para a realização de um filme ou de uma animação e fazer com que ele se diferencie dos demais disponíveis no mercado.
Ele explicou que é fundamental valorizar todas as fases de um projeto, definir um objetivo e realizar o trabalho de comercialização nos veículos de comunicação. O projeto deve ter um caráter único e criativo, ou seja, trazer algo novo para o mercado, que tenha sensibilidade para explorar todos os aspectos de criação.
O professor fez ainda uma análise de como é importante apresentar um bom produto no mercado e saber que tipo de conteúdo interessa para maior alcance de público. A máxima “saber onde você está e aonde você quer chegar” é parte do plano estratégico e da capacidade empresarial. Casal lembra que os empresários não querem perder dinheiro, portanto, não irão investir em algo que não acreditam. É necessário provar que o projeto é bom, argumentar todas as etapas e ter definido todos os custos.
Quem trabalha com produção de filmes deve pensar no tempo que o longa levará para ser concluído, o que vai ser utilizado de material e qual objetivo do projeto. Explorar a capacidade de negociação é a chave para alcançar o sucesso profissional de produções cinematográficas.
Para Alethea Silvestre, produtora da Televisão da América Latina, é “fundamental que pessoas ligadas à área de produção integrem esse tipo de iniciativa, além da oportunidade única de trocar experiências e idéias com os outros presentes”. Ela, que está participando desde a primeira oficina, completou ao afirmar que já “amadureceu novas propostas para futuros projetos com os debates realizados”.
Para Larissa Sampaio, produtora e estudante de artes cênica, é importante conhecer formas de captação de recursos para conseguir financiar um projeto, pois “é muito difícil conseguir incentivo para manter uma produção nacional, já que o mercado prioriza as películas americanas”. Ela questiona “Como fazer com que um projeto nacional chegue às grandes salas de cinema? Vim aqui saber como posso competir em igual qualidade com grandes produções cinematográficas”.
Foto: Fábio Pagan