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O boliviano Atilio Osvaldo Puita Fernandez visitou o Pavilhão da Criatividade, em 2 de agosto, e doou ao acervo de arte popular do Memorial uma imagem da Virgem de Copacabana, padroeira da Bolívia. Ela ficará ao lado da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira do México e da América Latina. A imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi adquirida no próprio Santuário de Copacabana, no Departamento de La Paz. Ali a imagem original, de um metro de altura, ocupa o altar principal. Em 2 de agosto de 1925 Nossa Senhora de Copacabana foi proclamada a Padroeira da nação boliviana.
A história da imagem de Nossa Senhora de Copacabana mistura-se à história da própria Bolívia e da conversão dos incas ao cristianismo nos primórdios da colonização. O nobre Yupanqui, membro da família real Inca, não apenas tornou-se cristão como queria converter o povo da cidade de Copacabana, às margens do rio Titicaca, por meio da imagem da mãe de Deus. Esculpiu em madeira com suas próprias mãos a primeira imagem da Nossa Senhora de Copacabana.
São Paulo é uma cidade repleta de bolivianos. Há décadas eles chegam ou para estudar ou para trabalhar. Hoje são mais de 200 mil imigrantes (o número é incerto, pois muitos são “indocumentados”). A comunidade boliviana paulista vem ao Memorial em peso no mês de agosto. No dia 6 é comemorada a independência do país por meio de uma grande festa. Os bolivianos se dividem em fraternidades, morenadas e diabladas (grupos que tocam instrumentos específicos, dançam e representam características tradicionais) e desfilam em grande estilo na Praça Cívica do Memorial, reproduzindo aqui o espetáculo multicolorido do famoso Carnaval de Oruro.
Por Eduardo Rascov