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A comunidade peruana chegou nesta quinta-feira ao Memorial da América Latina para comemorar suas tradições. Logo foi possível enxergar grandes tendas de artesanatos que tomavam a Praça das Sombras, além de locais especiais para rodadas de negócios.
Nos espaços fechados como no Auditório Simon Bolívar, a manhã já começou com o ardente e delicioso Pisco – bebida típica dos peruanos. Johnny Schuler, integrante da Academia Peruana de Pisco, reuniu todos em uma cozinha montada no foyer do Auditório e explicou quando surgiu a bebida e como ela é feita. “Desde 1574, os espanhóis começaram a utilizar o nome Pisco, quando os monges da costa intensificaram a produção da aguardente de uva peruana. O produto rapidamente se converteu num drink popular por suas características particulares, como o fato de ser incolor e de ter um alto teor alcóolico. A bebida tradicional do Peru é uma aguardente derivada da destilação do “ler mosto”, uva fermentada, e de seu “burusso”, resíduo da uva depois de espremida”, diz.
À medida que Johnny falava, as colaboradoras iam servindo os visitantes para que pudessem provar a iguaria. Ao encerrar a cerimônia de pisco Johnny também falou da importância da Expo Peru para divulgar a bebida no Brasil. “Só agora o Peru está começando com uma política de exportação do Pisco e com esse evento pretende começar a comercializar a bebida no Brasil”. Quem sabe chegaremos a média do Peru: mais de 540 produtores de Pisco.
Origem do Pisco
O nome pisco está ligado ao porto de Pisco, local por onde a bebida era exportada para outros países. A palavra “pisco” ou “pisko” significa” ave ou pássaro” no dialeto peruano quéchua. O Porto de Pisco foi batizado com este nome por causa da grande quantidade de pássaros que vivem nas ilhas Ballestas no litoral peruano, onde está localizado o porto.
Texto: Mônica Saraiva
Foto: Daniela Agostini