Alvaro Montenegro (Bolívia): Compositor, flautista e saxofonista, Alvaro Montenegro é uma das figuras mais ativas do cenário musical boliviano. Começou a estudar música aos 8 anos por influência da família; seu pai era violinista e sua avó pianista. Estudou nos Estados Unidos e Nicarágua. chegando a integrar, de 1986 a 1989, a Orquestra de Câmara da Nicarágua. Como compositor, fez trilhas de filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Suas composições vêm sendo executadas por importantes orquestras como a Orquestra Sinfônica de Cuba e Orquestra Sinfônica da Bolívia e sendo apresentadas nos principais festivais pelo mundo. Versátil, passeia pelos diversos gêneros – do jazz ao rock, do clássico ao pop. Como integrante de dezenas de orquestras tem transitado pelos repertórios de diferentes tempos e lugares. Em 1998 lançou o CD Música Latino Americana del Siglo XX em parceria com o guitarrista japonês Gentaro Takada. Em 2001, lançou El Parafonista, que impulsionou a criação da banda Parafonista, um sexteto de fusão latino-americana contemporânea. Com a banda lançou Los Frutos Prohibidos e República.
Aquiles Báez (Venezuela): Violonista, arranjador e compositor venezuelano. Sua característica é criar um único som ao misturar ritmos latino-americanos com harmonias sofisticadas. Com cinco discos gravados, vem colaborando com artistas como Paquito de Rivera, Farred Haque, John Patitucci, Ilan Chester, Mike Marshall, Gioria Feidman e tem participado de concertos como Ensamble Gurrufio, Worlds of Guitars e Boston Symphony, Simon Bolívar e Bach Academy Orchestras. Aquiles Báez ganhou o “Prêmio Nacional de Melhor Artista do Ano na Venezuela”; o William Leavitt Award at Berklee College of Music e outros prêmios pelas suas trilhas para teatro, cinema e espetáculos de dança. Ministra workshops para universidades dos Estados Unidos e Europa. Atualmente mora em Nova York.
Ari Colares (Brasil): Iniciou-se na música em 1981 quando passou a fazer parte do elenco da entidade Abaçaí – Cultura e Arte, onde, além dos estudos e práticas teatrais, passou a vivenciar e refletir sobre as linguagens da música e a dança da cultura popular brasileira. Paralelamente dedicou-se ao estudo técnico dos instrumentos de percussão e à ampliação dos conhecimentos musicais, tendo estudado na Escola Municipal de Música e obtida o bacharelado em música pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (Eca –Usp). Já se apresentou em muitos países e com diversos artistas, destacando-se: Naná Vasconcelos, Egberto Gismonti, Cesar Camargo Mariano, Yamandú Costa, Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, Mônica Salmaso, Zizi Possi etc. Faz parte da Orquestra Popular de Câmara e do grupo América Contemporânea, ambos dirigidos por Benjamim Taubkin com o qual, juntamente com o núcleo de música Abaçaí, também mantém o projeto “Cantos do Nosso Chão”, com repertório da cultura popular brasileira. Também faz parte do grupo A Barca. Atua também com o Palavra Cantada, de Paulo Tatit e Sandra Perez.
Benjamim Taubkin (Brasil): A música brasileira e seu diálogo com as outras culturas vêm sendo o campo de atividade deste instrumentista, arranjador, compositor e produtor. Entre os projetos recentes que participou – como músico e arranjador: Jobim Sinfônico, Samwad – Rua do Encontro, Milágrimas, Orquestra Jazz Sinfônica, Paulo Moura, Monica Salmaso. Entre os projetos atuais estão a Orquestra Popular de Câmara, o conjunto de choro-Moderna Tradição, o grupo de musica tradicional Abaçaí, o Trio com Zeca Assumpção e Sérgio Reze, e América Contemporânea. Realizou diversas viagens na América do Sul e América Central – com o objetivo de conhecer melhor a produção musical local e estabelecer pontes e redes de trocas. Entre os projetos especiais recentes estão – Sons e Imagens da Terra- um mapeamento dos cantos de trabalho ligados a agricultura em todo o país – Gênesis – criação da trilha sonora para vídeos do novo trabalho de Sebastião Salgado. Dirige o selo Núcleo Contemporâneo – voltado principalmente a música instrumental brasileira. Está presente como instrumentista e produtor em mais de 130 discos. Dirigiu em torno de 500 concertos. Coordenou projetos em instituições como Itaú Cultural e Secretaria de Estado da Cultura. Desenvolveu diferentes programas para o SESC, CCJ, CCBB, entre outros. Participou de diversas comissões de cultura como – Premio Sergio Mota, Petrobras, Multicultural Estadão, Prêmio Visa, Cultura Viva etc.
Christian Galvez (Chile): Com destacadas participações nos principais festivais de jazz e world music, o baixista chileno Christian Galvez tem três discos gravados – Christian Galvez (2000), Cero (2002) e Dinâmica solista (2004). Participou de produções e gravações de importantes artistas internacionais: Joe Vasconcellos (Chile), Luis Salinas (Argentina), Fareed Haque (Estados Unidos), Bruce Hart (Estados Unidos), entre outros. Professor de música lecionou para diversas escolas no Chile e dá clinicas para países como Argentina, México e Brasil. Com Jorge Diaz (guitarra), Lautaro Quevedo (teclados), Rodrigo Gálvez (bateria) e Cláudio Ortuzar (percussão) criou a banda Gálvez Quinteto. Atualmente é diretor musical da Pez Produções.
Luis Solar Narciso (Peru): Percussionista peruano que durante 15 anos fez apresentações nacionais e internacionais com o grupo Peru Negro. Tocou com importantes nomes da música como Nestor Torres, Luis Salinas, Paquito de Rivera y Eva Ayllón, entre outros. Participou do CD Acuarela de Tambores de Alex Acuña, que concorreu ao Grammy 2002. Atualmente Luis Solar Narciso é integrante do grupo Wayruro e da Grand Banda de Jean Pierre Magnet.
Siba (Brasil): Músico de Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco. Integrante da banda Mestre Ambrósio, mudou-se para São Paulo no início dos anos 90, mas alguns anos depois, retornou à sua cidade natal onde vem explorando novas possibilidades estéticas para a ciranda e para o maracatu, dando dessa forma vitalidade e juventude às raízes nordestinas. Lá convocou uma trinca de cantores – percussionistas (Biu Roque, Mané Roque e Manoel Martins) para lançar seu primeiro CD solo Fuloresta do Samba. O parentesco com Mestre Ambrósio é natural pela voz peculiar de Siba e o formato das canções (percussão, trombone, trompetes e vozes), mas ao mesmo tempo diferencia-se da banda nos sons ancestrais que produzem, sem influências contemporâneas, e que nos leva a um Brasil mais Rural e mais simples, porém carregado de sutilezas rítmicas e poéticas. Som puro e tradicional. Um mergulho radical na ciranda e no maracatu de raiz.
Participação especial:
Lulinha Alencar (Brasil): Nascido em Rafael Godeiro no sertão do Rio Grande do Norte seu primeiro contato com a música foi tocando triangulo e zabumba junto com seu pai o sanfoneiro Zé de Cezário pelos pés de serra daquela região. Hoje o nome desse jovem instrumentista vem sendo lembrado cada vez com mais freqüência quando se trata da talentosa cena de música instrumental feita no país atualmente, visto que suas composições aliadas ao seu jeito peculiar de tocar os teclados (piano e acordeom) vêm lhe possibilitando uma trajetória independente dentro do restrito círculo de festivais brasileiros e internacionais. Integrante da Orquestra Popular de Câmara de São Paulo ao lado de um time musical de notáveis referências, Lula ainda trabalha como músico de apoio de nomes importantes da MPB. Transitando entre áreas diversas mas afins, seu som revisita suas origens sertanejas e completa-se com a urbanidade em arranjos pautados na modernidade e nas tradições enraizadas sob a influência de mestres. Dono de um repertório rico e expressivo, sua música tem se destacado e vem abrindo portas para lhe capacitar a ser mais um bom representante da música produzida aqui no Brasil.