/governosp
De 25 a 29 de março, biblioteconomistas de vários países da América Latina encontraram-se nas dependências do Memorial para participar das discussões do III Encontro Internacional sobre Acesso à Informação e Promoção de Serviços Bibliotecários em Comunidades Indígenas da América Latina, que integra o IV Congresso Latino-americano de Biblioteconomia e Documentação. O acesso à informação e aos serviços de bibliotecas modernas serão discutidos pelos principais profissionais da área.
O congresso foi aberto no dia 25, às 9h, com saudações e boas vindas aos participantes. Na mesa, estavam Fernando Leça, presidente do Memorial, Adolpho José Melfi, diretor do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, Márcia Rosetto, presidente da Febab, Elizabeth Maria Ramos de Carvalho, gerente do escritório regional da IFLA para América Latina e Caribe, e Filiberto Felipe Martínez, coordenador do comitê permanente da América Latina e Caribe da IFLA.
Em seguida, aconteceu a palestra magna de Jaime Rios, da UNAM – Universidade Nacional Autônoma do México, sobre o tema “Plurietnias frente à internacionalização dos serviços de informação”. Na sua fala, Jaime destacou os principais problemas das populações indígenas, tais como pobreza, acesso limitados às terras produtivas e aos serviços básicos, analfabetismo, monolingüismo e alta taxa de mortalidade infantil e desnutrição.
Segundo Rios, dos 45 países da América, 24 não quantificam sua população indígena, o que prejudica a definição de políticas públicas para esta população. “Estima-se que haja 28 milhões de índios na América Latina, dos quais 80% são pobres”, disse. “Neste contexto, o acesso à informação e aos serviços bibliotecários nas comunidades indígenas é importantíssimo para o seu desenvolvimento e transcendência social. É também uma forma de se preservar o patrimônio cultural, oral e intangível dessas comunidades”, completou.
Este foi um aspecto bastante debatido na manhã do dia 25 em palestras de Elizabeth Maria Ramos de Carvalho, do escritório regional da IFLA para América Latina e Caribe e de Mijin Kim, representante da Biblioteca e Arquivos do Canadá, por exemplo, falou sobre as iniciativas de sua instituição para com as comunidades aborígenes de seu país. O mesmo farão bibliotecários da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Paraguai e Peru nos próximos dias do encontro.
Para encerrar as palestras da manhã do dia 25, o presidente do Memorial, Fernando Leça, destacou o esforço da instituição em integrar os povos latino-americanos, seja por meio de suas manifestações artísticas e culturais, seja pelo viés acadêmico – com a Cátedra Memorial da América Latina, que terá seu terceiro módulo a partir de julho, além de diversos cursos e palestras -, seja pelo viés econômico, com a criação do ELACE – Espaço Latino-Americano de Cooperação Econômica, que funcionará no prédio onde antes estava o Parlamento Latino-Americano.
No dia 29 de março, acontecerá o “Workshop Manifesto Internet”. Nele se analisará o Manifesto Internet, proposto pela IFLA (Federação Internacional de Bibliotecários), com princípios que devem nortear as políticas de acesso à informação e inclusão digital. Também serão apresentados exemplos de como o fluxo de informações e o seu acesso estão sendo tratados, no ambiente de multiculturalidade em que vivemos, em diversos países.
IV Congresso Latino-americano de Biblioteconomia e Documentação
III Encontro Internacional Sobre Acesso à Informação e Promoção de Serviços Bibliotecários em Comunidades Indígenas da América Latina
Workshop Manifesto Internet
Período: 25 a 29 de março,
Promoção: Memorial da América Latina e Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (Febab).
Local: Biblioteca Latino-americana Victor Civita e Anexo dos Congressistas. Informações pelo telefone 11 3257.9979 ou e-mail: febab@febab.org.br.
Programa completo e inscrições
ENTRADA FRANCA