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Ingrid Ojeda, cônsul de primeira da República Bolivariana da Venezuela em São Paulo, e Robert J. Torrealba Torres, cônsul de segunda (essas são as denominações usadas nos países hispano-americanos) do mesmo país, visitaram a Fundação Memorial da América Latina. Eles foram recebidos pelo presidente da Fundação, Fernando Leça, e pelo gerente de relações institucionais, Pedro Arsenian. A delegação venezuelana propôs a realização no Memorial de um evento comemorativo do bicentenário de independência da sua nação.
“Queremos trazer uma grande atração musical do meu país em 5 de julho, nossa data nacional”, contou Ojeda, “para os brasileiros conhecerem um pouco da nossa arte e os venezuelanos residentes em São Paulo matarem a saudade”. Torrealba Torres explica que a ideia é também montar uma exposição histórica no foyer do Auditório Simón Bolívar e, talvez a atração principal, “importar um autêntico chef venezuelano, para fazer um pequeno festival de doces típicos das diferentes regiões da Venezuela”.
Fernando Leça prontamente não só atendeu o pedido venezuelano, como garantiu todo apoio da instituição. “Afinal, essa é a função do Memorial, organizar e apoiar eventos que signifiquem verdadeiros diálogos culturais entre países irmãos”, complementou.
No ano passado, em toda a América Latina, se comemorou o Bicentenário do início dos processos revolucionários de vários países. Na Venezuela, por exemplo, a primeira insurreição independentista ocorreu em 19 de abril de 1810, liderada por Francisco de Miranda, mas a Independência só seria proclamada em 5 de julho do seguinte. A bem da verdade, o país ainda teria que lutar contra a reação espanhola, agora liderado por Simón Bolívar. Somente com a Batalha de Carabobo, em 1821, a Venezuela obteve plena Independência.