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Acompanhe tudo o que está acontecendo na maior mostra de cinema latino-americano que já aconteceu em São Paulo em todos os tempos
Áudios da cerimônia de abertura:
O 1º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo começou na noite desta segunda-feira, 10.7, com a projeção do filme “Za 2005, lo viejo y el nuevo”, de Fernando Birri, que arrancou palmas da platéia que lotava a sala 1 do Auditório Simón Bolívar, deste Memorial. Entre o público, alguns dos cineastas e fotógrafos vivos históricos do subcontinente latino-americano, como os brasileiros Nelson Pereira dos Santos e Tomas Farkas, o chileno Miguel Littin, o peruano Alberto Thico Durant e os argentinos Fernando Birri e Maurício Beru.
Autoridades/cineastas também compareceram à cerimônia, como Orlando Senna, Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, João Batista de Andrade, Secretário Estadual de Cultura paulista e Carlos Augusto Calil, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo.
Como anfitrião da mostra, o presidente do Memorial Fernando Leça abriu a noite de celebração do cinema latino-americano. “Com esse festival, mais do que nunca estamos refundando o Memorial, que cumpre cada vez mais sua missão primordial, que não é outra senão a de integrar as manifestações culturais dos povos latino-americanos, que antes estavam de costas uns para os outros”.
Felipe Macedo, diretor do festival, destacou a importância de um evento como esse para que a gente de cinema dos diversos países – “que compartilham dificuldades, mas também a facilidade de criação” – se encontrem, troquem experiência e se reforcem para travar a luta por espaço com o gigante do norte. Orlando Senna renovou o apoio do Governo Federal a iniciativas como essa, que visam contribuir para o fortalecimento da identidade latino-americana.
Mas ninguém em seu discurso foi tão contundente quanto o cineasta e Secretário de Cultura João Batista de Andrade. Ele disse que está na hora de dizer em alto e bom som que a dominação americana do mercado cinematográfico da região equivale à dominação militar no Iraque. É preciso se levantar contra essa situação. E para isso iniciativas como essa são inestimáveis, pois identificam problemas comuns e apontam soluções que podem, em comunhão, otimizar a capacidade de cada um.
Fotos: Adriano Capelo e Eduardo Rascov
De olho no Festival: o dia-a-dia do 1º Festival de Cinema Latino-Americano