
A Fundação Memorial da América Latina apresenta no domingo, 9, um “bate-papo musical”, intitulado “O samba do Rei do Baião”, em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, comemorado no dia 13 de dezembro. O show tem um formato interessante: o jornalista e pesquisador Assis Angelo revela composições pouco conhecidas deste que é um dos maiores compositores brasileiros de música popular. Algumas dessas músicas são “demonstradas” por Oswaldinho do Acordeon, Pepete na percussão e a cantora Socorro Lira. “Vamos contar um pouco dos muitos ritmos que Luiz Gonzaga nos legou, como valsa, choro, samba, maxixe, polca, mazurca, aboio, coco, calango e até um fato, lançado em 1951 em disco de 78 RPM pela portuguesa Ester de Abreu”, resume Angelo.
Presidente do Instituto Memória Brasil, de cujo acervo foi extraído o repertorio, estudioso da cultura popular e biógrafo de Luiz Gonzaga, Assis Ângelo fará uma introdução para contar como surgiu a ideia do espetáculo. Ele lembrará que, de sua autoria e parceiros, Luiz Gonzaga deixou de gravar pelo menos 40 músicas. De fato, algumas das músicas que serão apresentadas, de ritmos e gêneros diferentes, são desconhecidas do grande público por uma razão: o autor, Luiz Gonzaga, jamais as gravou em disco.
O marco inicial da carreira artística de Luiz Gonzaga é o dia 14 de março de 1941, quando ele entrou em estúdio e gravou de modo instrumental, sem canto, as quatro primeiras músicas de seu imenso repertório em dois discos de 78 RPM, na extinta Victor. Nos quase 50 anos que se seguiram, o artista exuense construiu uma enorme obra recheada de forrós, xotes e baiões, deixando de lado (não gravando) pérolas como Dúvida, Meu Pandeiro, Meu Brotinho e Ai, Ai, Portugal.
A herança musical de Luiz Gonzaga para o Brasil é muito grande. O total de músicas que ele gravou passa de 650. Augusto Calheiros, Carmen Costa, Caco Velho, José Tobias, Guio de Morais, Cyro Monteiro, Isaura Garcia e Marlene foram alguns dos artistas que gravaram músicas que permaneceram inéditas na voz do autor, Luiz Gonzaga; fora grupos musicais como Os Cariocas, Os Trovadores e Quatro Ases e 1 Coringa.
Com a sua obra, o Rei do Baião fez o Brasil dançar, rir e se orgulhar da sua gente e arte. Luiz Gonzaga influenciou várias gerações e continua influenciando.
Serviço
O Samba do Rei do Baião
Apresentação: Assis Angelo
Vocal: Socorro Lira
Instrumental: Oswaldinho do Acordeon e Papete (percursão)
Dia 9 de dezembro, domingo, 19h,
Local: Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar
GRÁTIS