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Veja como foi a abertura da semana Venezuela no Memorial
“Venezuela no Memorial” é o nome da série de atividades em comemoração ao 196º aniversário da Independência da República Bolivariana de Venezuela. Um conjunto de exposição, shows musicais e exibições de filmes venezuelanos foi programado pelo Consulado Geral da Venezuela, em parceria com o Memorial da América Latina. É uma rara oportunidade para entrar em contato com aspectos pouco conhecidos da cultura deste país famoso por sua grande produção de petróleo e por seu presidente Hugo Chaves.
Quem quiser conhecer um pouco do melhor da música tradicional e contemporânea da Venezuela não poderá perder os shows dos grupos Nueva Segovia Ensemble, Irmãos Colina e “Amigos de Miranda”, no dia mesmo da Independênca, 5 de julho, no Auditório Simón Bolívar, com entrada franca.
Os filmes serão exibidos na sala de cinema digital do Pavilhão da Criatividade. Há películas recentes e outras clássicas, como “Araya”, de Margot Benacerraf. A obra recebeu o Prêmio Internacional da Crítica, no Festival de Cannes de 1959. Considerado um patrimônio da cultura venezuelana, o filme foi eleito um dos cinco melhores da história do cinema latino-americano pela Latin American Visions, organizada, em 1990, pelo Neighborhood Film/Vídeo Project de Philadelphia.
Outro destaque é “Punto y Raya”, que explora a relação entre dois soldados de fronteira: um venezuelano natural de uma grande cidade (Caracas) e um camponês colombiano. Em tempos de nacionalismo exacerbado, um tem a firme intenção de desertar e o outro está disposto a dar a vida pela pátria. A fronteira, terra de ninguém, é o cenário para as mais absurdas situações envolvendo membros da guerrilha, do exército e do narcotráfico.
Também será exibido o filme “La revolución no será transmitida”, que narra do ponto de vista de documentaristas europeus, que por acaso lá estavam, o envolvimento das redes de tvs venezuelanas com a tentativa de golpe de 2002 contra o presidente Hugo Chaves. O filme pode ser visto como uma contundente advertência em relação ao uso da televisão como meio de atrair e manipular o público.
Confira a sinopse de todo os filmes:
La Pluma del Arcángel. (Venezuela, 2002, 95min). Direção de Luis Manzo. Em um vilarejo, as ordens de um sanguinário governante são dadas a seus habitantes por meio de um telégrafo. Com a morte do ditador, um novo funcionário altera as orientações locais, transformando a vida de todos os moradores. Melhor fotografia do 4º Festival Internacional de Cine de Las Palmas. Dia 4, às 14h.
La mágica aventura de Oscar (Venezuela, 2002, 105 min.) Dir.: Diana Sánchez, 2002. Jovem antropóloga faz investigações em uma ilha longínqua. Seus filhos pequenos não suportam sua ausência e tentam encontrá-la, acompanhados por um cachorro, seguindo os caminhos do arco-íris. Legendas em inglês. Dia 4, às 16h.
Punto y Raya (Venezuela, 2004) Dir.: Elia Schneider
A insólita relação entre um soldado colombiano disposto a morrer pela pátria e um venezuelano que está prestes a desertar do exército de seu país. Os dois se encontram em posto na fronteira e têm a amizade posta a prova. Legendas em inglês. Dia 4, às 18h.
Florentino y el Diablo (Venezuela, 2005) Dir.: Michael New
Baseado em narrativa da história oral venezuelana. Florentino é um jovem cantor, bom cavaleiro e amante da liberdade dos tempos ancestrais. Até que poderosos invasores se apoderam de sua terra e ele tem que enfrentar o Diabo num duelo cujas armas são versos de improviso. Dia 5, às 14h.
Manuelita Sáenz (Venezuela). Dir.: Diego Rísques
Manuelita Sáenz é uma equatoriana que durante 8 anos viveu um intenso romance com Simón Bolívar. Mulher de convicções políticas e coragem, salvou o herói de um complô. Por isso, ficou conhecida como a “Libertadora do Libertador”. O filme aborda a última fase da sua vida, quando as lembranças lhe atordoam e lhe consolam. Dia 5, às 16h
The revolution will not be televised/A revolução não será televisionada(Irlanda, 2003, documentário). Dir.: Kim Bartley e Donnacha 0´Briain.
Os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os dois cineastas estavam no país realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, os instantes decisivos do movimento golpista frustrado pela reação popular. Dia 5, às 18h.
Araya (Venezuela, 1959). Direção de Margot Benacerraf.
A obra recebeu o Prêmio Internacional da Crítica, no Festival de Cannes de 1959 (compartilhada com Hiroshima, mon amour, de Alain Resnais). Conta a história de trabalhadores de uma usina de sal. Considerado um patrimônio da cultura venezuelana, o filme foi eleito um dos cinco melhores da história do cinema latino-americano pela Latin American Visions, organizada, em 1990, pelo Neighborhood Film/Vídeo Project de Philadelphia. Legendas em inglês. Dia 6, às 14h.
Macu, la mujer del policía” (Venezuela, 1987, 91 min.) Dir.: Solveig Hoogesteijn
A historia de um policia, Ismael (Daniel Alvarado) e a sua esposa, Macu (María Luisa Mosquera). Ismael é o principal suspeito da suposta desaparição de três jovens do bairro em que mora, um dos quais se presume que tinha uma relação amorosa com a Macu. Dia 6, às 16h.
Al borde de la línea (Venezuela, 2007) Dir.: Carlos Villegas
As peripécias de uma jovem empregada de um motel que, confiando na sorte, tenta mudar de vida. A primeira coisa a fazer é fugir de seu patrão, que a explora. Por acaso, ela acaba escapando com a ajuda de um desconhecido. Mas é perseguida por sua amiga e pelo namorado. Dia 6, às 18h.
Maroa (Venezuela, 2005) Dir.: Solveig Hoogesteijn
Uma menina pobre de 11 anos, explorada pela família, tem que dar duro nos bairros miseráveis de Caracas. Impetuosa e decidida, um dia é tocada por um solo de clarinete de um professor solitário. Dia 7, às 14h.
Una casa con vista al mar (Venezuela, Canadá, Espanha, 2002, 93 min.) Dir.: Alberto Arvelo
Após a morte da esposa, pai e filho moram isolados em uma localidade nas montanhas dos Andes, mas sonham e anseiam pelo mar. Com a chegada de um forasteiro e um incidente inesperado, o pai tem que tomar uma decisão: ser um homem bom e covarde ou tornar-se um assassino para defender seu filho. Dia 7, às 16h.
Elipsis (Venezuela, 2006, 90 min). Dir.: Eduardo Arias-Nath
As historias paralelas do célebre ator Sebastián Castillo e do frustrado desenhista de modas Galo Vidal. A vida do Sebastián é um caos, enquanto a do Galo é um sucesso. Amigos no passado, ambos se reencontram. Sebastián pede ajuda ao Galo e ambos embarcam numa viajem que colocará não só a amizade como também a vida deles em jogo. Dia 7, às 18h.
Além dos filmes,veja como será a comemoração dos 196 anos da Independência da República Bolivariana da Venezuela:
Exposição Artesanal, Cultural e Turística.
Biblioteca do Memorial da América Latina
03/07:
19 às 21h Abertura oficial para autoridades e convidados especiais com a participação do grupo musical venezuelano “Los Hermanos Colina”
04/07 a 07/07:
10h às 18h: Abertura ao público da Exposição Cultural, Turística e Artesanal.
Dia da Independência da República Bolivariana da Venezuela:
05/07/07:
19h. Recepção e coquetel: Autoridades e convidados especiais. Sala dos Atos do Memorial da América Latina.
21h. Apresentação dos grupos venezuelanos Amigos de Miranda, Irmãos Colina e Nueva Segovia Ensemble.. Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina – ENTRADA FRANCA.
Semana Venezuela no Memorial: de 3 a 7 de julho Entrada franca
Informações: fone 3823.4600