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Conheça as exposições atuais do Memorial da América Latina, complexo cultural que celebra a cultura latino-americana. Você tem até o próximo domingo, 28 de fevereiro, para ver a exposição La Encomienda, de artistas peruanos contemporâneos, curadoria do chileno Ernesto Muñoz, na Galeria Marta Traba. Aproveite e conheça ou reveja o imaginário na arte popular latino-americano, em exposição permanente no Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro. Do outro lado do Memoriale no Salão de Atos Tiradentes, Portinari faz uma descrição livre, artística e simbólica da Inconfidência Mineira. O horário dos espaços é das 9h às 18h. Na segunda-feira, o Memorial fecha para manutenção.
Confira as principais atrações do Memorial da América Latina:
Instalação “Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil”
Quem chega ao Memorial pela entrada principal se surpreende. A instalação “Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil” está localizada na passagem de nível de 50 metros que liga o Metrô ao conjunto arquitetônico. Nesse corredor espelhos em toda a extensão das duas paredes e a iluminação cenográfica emolduram painéis e toténs que recontam de forma estilizada a história do índio brasileiro. Nas escadas, estão gravados nomes de indígenas de diversas etnias que foram dizimadas e esquecidas pela história.
Criada por Maria Bonomi, a obra é dividida em três fases: a primeira, “arqueológica”, é feita totalmente em barro; a segunda, já abordando o primado da técnica, é cunhada em bronze; a terceira, de alumínio, remete aos tempos atuais, em que povos indígenas se integraram à vida operária e trabalharam, por exemplo, na construção de Brasília.
Maria Bonomi é uma das mais respeitadas artistas plásticas do país. Suas obras figuram em renomados museus e coleções particulares nacionais e internacionais. Suas obras públicas marcam a paisagem de várias cidades desde a década de 1970. São mais de 50 obras instaladas em áreas públicas, inclusive essa no Memorial.
Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro
O acervo de arte popular do Pavilhão da Criatividade conserva peças singelas de autores anônimos. São obras primas do artesanato continental, recolhidas diretamente das mãos de artesões, sem intermediários, lá onde eles vivem e trabalham.
Durante os meses de agosto e setembro de 1988, a fotógrafa e videomaker Maureen Bisilliat viajou por México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai em busca da arte popular local. Um rico acervo da Bolívia, Chile e do Brasil também foi recolhido, posteriormente. (Acesso pelos portões 8 e 9).
Biblioteca Latino-Americana
A Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, vinculada ao Centro Brasileiro de Estudos da América Latina – CBEAL, é um núcleo dinâmico de fomento ao estudo do subcontinente latino-americano. Um rico acervo está disponível ao público em geral, e particularmente aos pesquisadores, constituídos de livros, alguns raros, documentos, periódicos e filmes. Neste Carnaval, a biblioteca estará aberta no sábado, das 9h às 15h, e na quarta-feira, após as 12h. (Acesso portões 1, 2 e 5).
Salão de Atos
O Painel Tiradentes é uma pintura a têmpera (tinta artesanal) composta por três telas justapostas, com dimensão total de 17,70 x 3,09m. A obra, concluída em 1949, é uma das mais importantes de Candido Portinari e está exposta permanentemente no Salão de Atos Tiradentes. Ela foi comprada pelo Governo do Estado em 1975 e permaneceu no Salão Nobre do Palácio dos Bandeirantes até 1989, quando foi transferida para o Memorial, em sua inauguração.
Lado a lado com a obra de Portinari estão os gigantescos painéis criados pelos artistas plásticos Poty e Carybé. São seis painéis em concreto aparente, gravados em baixo-relevo, cada qual medindo 4,00 x 15,00 m. Eles contam de forma cronológica a história do Brasil e momentos importantes dos povos Pré-Colombianos, Afros, dos Conquistadores, dos Imigrantes, dos Libertadores e dos Edificadores. (Acesso portão 1,2,5)