

Lucon, Cremilda, Feldmann e Baitelo
A Fundação Memorial da América Latina reuniu, nesta terça, dia 21 de agosto, especialistas ambientais que debateram – no âmbito do Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina – o tema “Meio ambiente: ciência e políticas públicas nacionais”. A mesa foi coordenada pela professora de Comunicação da USP, Cremilda Medina, e teve a participação dos ambientalistas Ricardo Baitelo, Fábio Feldmann e Osvaldo dos Santos Lucon, este no lugar do físico José Goldemberg, que não pode vir por problema de saúde na família.
O Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina analisou o desempenho da ciência e das políticas públicas brasileiras em relação aos temas ambientais recentemente tratados na Conferência Rio+20. O encontro procurou equacionar questões relevantes da atualidade, como os avanços científicos e tecnológicos nacionais são compatíveis com as demandas ambientais? As ações governamentais e investimentos industriais privados estão em sintonia com os novos conhecimentos especializados e as transformações sócio-culturais contemporâneas?
As conclusões não foram animadoras. Segundo o engenheiro elétrico Ricardo Baitelo, do Greenpeace, o modelo de
desenvolvimento elétrico brasileiro ainda é dos anos 50 e 60, baseado em grandes projetos hidroelétricos ou termoelétricos. Sabe-se dos custos ambientais e sociais que eles provocam, explicou Baitelo. Por outro lado, a boa notícia afirmada por Baitelo é que recentes avanços tecnológicos demonstram que as opções pela energia solar e eólica são compatíveis com as necessidades atuais e futuras de um país gigantesco como o Brasil.
O Foro Permanente de Reflexão é uma iniciativa do Centro Brasileiro de Estudo da América Latina, deste Memorial. Ele surgiu como forma de tornar acessível informações e reflexões presentes em teses, dissertações e pesquisas produzidas nas universidades brasileiras, que tenham como foco temas relacionados à América Latina. Desta forma, a contribuição acadêmica nos campos sócio-econômicos, culturais e artísticos podem ser conhecidos e debatidos pelo grande público. Normalmente, as apresentações e discussões do Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina geram livros, que são lançados pelo próprio Memorial posteriormente.
Fotos Luiz Tristão