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São Paulo – A produção cinematográfica latino-americana é destaque no Cineclube Memorial À La Carte, que ocorre quinzenalmente no auditório da Biblioteca Latino-americana do Memorial da América Latina. Nessa quarta-feira (26/07), será exibido o clássico Eu sou Cuba (1964), filme produzido a partir de uma parceria entre o país caribenho e a antiga União Soviética.
As sessões, gratuitas, serão acompanhadas de debates com duração de até 15 minutos sobre as obras em questão. A mediação dos encontros ficará a cargo de funcionários do Memorial e convidados para a sessão.
A programação já conta com outros dois filmes confirmados: o brasileiro A Culpa (1971) em 9/08 e o argentino De Amor e de Sombras (1994) em 23/08. Já foram exibidos os filmes Besame Mucho (1987) em 21/06 e o argentino Tangos – exílios de Gardel (1985) em 12/07.
O cineclube é fruto de uma parceria entre Memorial da América Latina e o Grupo Belas Artes. A empresa, que gere o canal de streaming À La Carte, oferecerá aos participantes do clube, ao final de cada sessão, um cupom com um mês de assinatura gratuita da plataforma.
O auditório da Biblioteca Latino-Americana tem capacidade para receber até 100 pessoas. Para assistir às sessões do Cineclube, basta chegar no local com pelo menos dez minutos de antecedência. A entrada do Memorial mais próxima da biblioteca é o Portão 2, a 300 metros da saída da Estação Barra Funda (Metrô, CPTM, Rodoviária) e logo ao lado da Universidade Nove de Julho (Uninove) – Memorial.
A programação prevista pode ser consultada no site memorial.org.br ou nas redes sociais da Fundação (@memorialdaamericalatina).
Sobre o próximo filme do Cineclube
Eu sou Cuba traça um perfil de um período de transição que o país atravessou, entre a derrubada do regime de Batista e a revolução comunista, a partir de quatro histórias diferentes. Maria, de Havana, fica envergonhada após seu pretendente descobrir como ela ganha a vida. O idoso camponês Pedro tem as terras onde cultivava vendidas para uma empresa. Um universitário vê seus amigos serem atacados pela polícia quando distribuíam panfletos a favor de Fidel Castro, enquanto uma família de camponeses é ameaçada pelas forças de Batista.
Quando lançado, o filme não foi exibido fora de Cuba e da União Soviética, onde foi exibido apenas em cerca de 8 salas. Para a famosa longa tomada que começa no topo do hotel, e depois serpenteia e desce até a piscina, a câmera foi segurada com as mãos, passada de um membro da equipe para outro, para fazer o seu caminho pela lateral do hotel até a piscina, e a lente da câmera havia sido equipada com um disco de vidro giratório de alta velocidade retirado de um periscópio de submarino.
A União Soviética, que financiou o filme, reclamou que a obra se concentrava demais na “arte pela arte”, deixando de cumprir seu papel de “um filme para o bem das pessoas”, e, consequentemente, eles acusaram o diretor Mikhail Kalatozov de “formalismo”. Ainda assim, o filme se tornou um verdadeiro clássico entre os cinéfilos, tornando-se uma referência no experimentalismo do cinema latino-americano.
Sobre o Memorial
O Memorial da América Latina não é museu, não é teatro, muito menos galeria de artes, fórum de pesquisas científicas e acadêmicas, ou um espaçoso centro de convenções, festas e shows de música. Não é nada disto isoladamente, mas é tudo isso ao mesmo tempo e em um mesmo lugar. Esse generoso espaço de 84.840 m², colado ao Terminal do Metrô Barra Funda, transformou-se em realidade no dia 18 de março de 1989, quando foi inaugurado, e de lá para cá é conhecido como a “esquina da América Latina em São Paulo”.
Nasceu com essa missão: ser polo de integração social, cultural e político dos países de língua latina e caribenha, para resgatar a antiga ideia de solidariedade e de união defendidas pelos libertadores da América no século 19. Era preciso que os latino-americanos não se esquecessem de seu passado, de suas origens. Assim surgiu o “espetáculo da arquitetura”, como o próprio Oscar Niemeyer traduziu a obra que saiu de sua prancheta. Nela, o antropólogo Darcy Ribeiro se inspirou para costurar o conceito cultural que dialoga com a criação do arquiteto em todas as suas vertentes e atividades.
O Memorial da América Latina é uma fundação de direito público do Governo do Estado de São Paulo, sem fins lucrativos. Tem autonomia financeira e administrativa e está vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, de acordo com o decreto nº 52.085, de 23 de agosto de 2007.
Sobre o Grupo Belas Artes
Formado em 2020, o Belas Artes Grupo reúne três empresas de destaque no mercado audiovisual brasileiro: o Cine Petra Belas Artes, um dos mais tradicionais cinemas de rua da cidade São Paulo, inaugurado em 1967; a Pandora Filmes, distribuidora de filmes independentes mais antiga do Brasil, responsável por lançamentos como Que horas ela volta? e Parasita; e o À LA CARTE, streaming de filmes que é o caçula do grupo, lançado em abril de 2020. O À LA CARTE conta com uma curadoria pensada para quem ama cinema de verdade e que leva para seus assinantes cerca de 500 títulos de todos os cantos do mundo e de todas as épocas: contemporâneos, clássicos, cults, obras de grandes diretores, super premiados e principalmente aqueles que merecem ser revistos e que tocam o coração dos cinéfilos. O Belas Artes Grupo é 100% nacional e é comandado por André Sturm, ativista cultural, ex-Secretário de Cultura da cidade de São Paulo e atual diretor executivo do MIS.
Formado em 2020, o Belas Artes Grupo reúne três empresas de destaque no mercado audiovisual brasileiro: o Cine Petra Belas Artes, um dos mais tradicionais cinemas de rua da cidade São Paulo, inaugurado em 1967; a Pandora Filmes, distribuidora de filmes independentes mais antiga do Brasil, responsável por lançamentos como Que horas ela volta? e Parasita; e o À LA CARTE, streaming de filmes lançado em abril de 2020, que conta com uma curadoria pensada para quem ama cinema de verdade e que leva para seus assinantes cerca de 500 títulos de todos os cantos do mundo e de todas as épocas. O Belas Artes Grupo é 100% nacional e é comandado por André Sturm.
SERVIÇO:
Cineclube Memorial À La Carte
Periodicidade: quinzenal
Horário: 19h
Endereço: Auditório da Biblioteca Latino-Americana. Rua Tagipurus, nº 500. Próximo à estação Barra Funda de metrô (linha vermelha), CPTM e rodoviária.
Entrada Gratuita