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Foi aberta na manhã desta quinta-feira (9), a 22ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, realizada no Parque do Anhembi.
São aproximadamente 480 expositores nacionais e internacionais instalados no Parque do Anhembi, na zona norte da capital. Foram investidos cerca de R$ 32 milhões em toda a estrutura que os 34 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições, que abriga o evento. Diversas atividades são oferecidas para todos os gostos e idades, incluindo praça de alimentação, espaços para crianças, apresentações culturais, entre outros
Estiveram presentes na cerimônia de abertura o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Araújo (na ocasião, representando o governador do Estado, Geraldo Alckmin), o presidente do Memorial da América Latina, Professor Adolpho José Melfi, e diversas outras autoridades, que assistiram a apresentação da Orquestra Bachiana Filarmônica do SESI, regida pelo maestro João Carlos Martins, antes da inauguração oficial da bienal.
A Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, defendeu a realização de feiras que estimulem a literatura em todo o país, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. “É fundamental o contato da literatura com o cidadão, o garoto, o jovem. Através do livro, ele vai ter a possibilidade de descobrir um mundo novo, como eu tive a oportunidade de descobrir”, disse, lembrando de uma história de infância. Quando Ana era criança, o pai vivia lendo e, às vezes, não a dava tanta atenção. Com o tempo, ela confessou ter criado o costume de ler e entendeu porque o pai tinha essa prática.
Neste ano, a Bienal homenageia dois grandes personagens da literatura brasileira. São eles Jorge Amado, escritor brasileiro com maior número de obras traduzidas em outras nações, e o jornalista e escritor Nelson Rodrigues, um dos maiores dramaturgos da história do país. Ambos completariam um centenário de vida em 2012, se estivessem vivos.
Além da homenagem aos escritores, o evento recorda os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, que representou a primeira manifestação da arte moderna no país, através de pinturas, esculturas, poesia, literatura e música, de nomes como o da pintora Tarsila do Amaral, do escritor Oswald Andrade, do escultor Victor Brecheret, do compositor Heitor Villa-Lobos, entre outros.
Segundo o Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Araújo, a Bienal do Livro de São Paulo tem como grande mérito, dar visibilidade à literatura do país. Ele ainda contou que, nos próximos dias, seis editais do ProAC, para literatura, serão anunciados. “Com eles, esperamos poder contribuir com a produção literária dos pequenos e médios escritores”, disse.
A curadoria do evento é formada pelo diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa, Antônio Carlos de Moraes Sartini, pelo apresentador de televisão, Zeca Camargo e pelo jornalista Paulo Markun.
Texto e fotos por: Luiz Almeida