/governosp
Vinte e oito das mais importantes instituições culturais de São Paulo estão se articulando em torno da 29ª Bienal Internacional de São Paulo, que acontecerá de 21 de setembro a 12 de dezembro de 2010. No final do ano passado, elas formaram o POLO São Paulo de Arte Contemporânea, para quem, segundo o documento produzido pelo Fórum Permanente que o criou, “o diálogo e articulação de uma programação conjunta intensificarão as atividades culturais de forma a melhor atrair e atender o público nacional e internacional durante esse período, ressaltando assim o potencial gerado pela complexa e consistente infra-estrutura cultural montada na nossa cidade”(http://www.forumpermanente.org/.imprensa/fundacao-bienal-de-sao-paulo/unindo-esforcos-durante-a-29a-bienal-sao-paulo-polo-de-arte-contemporanea/). A foto acima, na qual está Fernando Leça (segunda à esquerda), presidente do Memorial, é do ato de lançamento do POLO.
A Fundação Memorial da América Latina se firmou como um importante centro de fomento, exposição e divulgação da arte contemporânea, especialmente aquela produzida por artistas ibero-americanos, mas não só. Por exemplo, a Galeria Marta Traba tem em cartaz até 16 de fevereiro a mostra “Graphias – Do Papel ao Pixel”, que agregou obras de artistas das Américas, Europa e África. Naturalmente, o Memorial participou da fundação e apóia o POLO São Paulo de Arte Contemporânea, ao lado de instituições como o SESC-São Paulo, Itaú Cultural, Instituto Cervantes, Centro Cultural Banco do Brasil, MASP, Instituto Moreira Salles, entre outras (confira a lista completa no link acima). Para o final do ano, o Memorial está preparando uma exposição latino-americana que, de alguma forma, dialogue com o tema principal da 29ª Bienal que é “arte política”.
O POLO São Paulo de Arte Contemporânea criou os seguintes grupos de trabalho, todos relacionados à 29ª Bienal de São Paulo: Infra-estrutura, Comunicação, Editorial e Estratégia e Legado. Segundo Fernando Calvozo, Diretor de Atividades Culturais do Memorial e membro do Grupo de Trabalho de Infra-estrutura, “a idéia partiu dos dirigentes da Bienal que querem estar conectados artisticamente com as demais instituições, seja através dos temas das respectivas exposições, seja por meio de discussões teóricas paralelas, ou até por organizar mostras que se contraponham à Bienal e sirvam como contrapontos”. O Grupo de Trabalho de Infra-estrutura está tomando providencias para melhorar a logística entre as várias instituições culturais. Entre as idéias discutidas está a criação de linhas de ônibus e uma espécie de passaporte turístico/artístico para facilitar o deslocamento do grande número de agentes culturais que vêm a São Paulo nesta época.
“A atuação do POLO promete alavancar como nunca a Bienal de SP, com seus braços estendidos, formando uma grande rede cultural por todas as instituições participantes na cidade”, comenta Ângela Barbour, artista plástica e gerente da Galeria Marta Traba, deste Memorial. “Depois do vazio, teremos uma bienal com processo de produção aberto à discussão…”, conclui, ela que faz parte do Grupo de Trabalho de Comunicação.
Por Eduardo Rascov