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Mais uma vez, no sábado, 19 de setembro, a Fundação Memorial da América Latina recebe a solenidade de comemoração do Dia Nacional da Televisão, celebrado anualmente em 18 de setembro. A festa se dará na Biblioteca Latino-Americana, com a participação de nomes célebres da história da televisão brasileira, como a atriz Vida Alves, presidente da Pró-TV, Associação que também estará comemorando seus primeiros 20 anos e que realiza esse evento.
Na ocasião, o diretor e autor Cassiano Gabus Mendes (1929 – 1993) será homenageado por seus pares e será autografado o livro Gabus Mendes: Grandes Mestres do Rádio e Televisão, lançado por Elmo Francfort, pela editora In House. A obra conta as histórias de Cassiano Gabus Mendes, primeiro diretor artístico da TV brasileira, e de seu pai, o grande radialista Octavio Gabus Mendes (1906 – 1946).
Espera-se que profissionais de todas as épocas venham homenagear Cassiano Gabus Mendes. Estão confirmadas as presenças da família (a viúva Helenita Sanches, os filhos Cassio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes e o cunhado Luís Gustavo, todos atores), do diretor José Bonifácio de Oliveira, o Boni, do pesquisador de novelas Mauro Alencar, da diretoria do São Paulo Futebol Clube (time de coração de Cassiano), além de diversos atores. Veja como foi a festa de 60 anos da televisão brasileira, também no Memorial.
Em 18 de setembro de 1950, o empresário da comunicação Assis Chateaubriand organizou a primeira transmissão televisiva brasileira, a partir de um estúdio da radio Tupi, de sua propriedade. Ele havia instalado vários aparelhos pela cidade, por sua própria conta e risco, para que o povo conhecesse aquela novidade. As pessoas então ficaram embasbacadas ao assistir na telinha o show TV na Taba, com artistas de rádio famosos, como Lolita Rodrigues, Aírton Rodrigues e Lima Duarte, entre outros. Nascia assim a PRF – TV Tupi-Difusora…
Nos primórdios da tv brasileira, Cassiano Gabus Mendes criou programas interessantes, como TV
de Vanguarda e Alô Doçura. Depois, concebeu a telenovela Beto Rockfeller, escrita por Braulio Pedroso e dirigida por Lima Duarte e Walter Avancini, que imortalizou o ator Luís Gustavo no papel do anti-herói. Foi um divisor de águas na teledramaturgia nacional, que antes era muito mais afetada, longe do cotidiano e com melodramas internacionais buscados diretamente nos folhetins do século XIX. Mas Cassiano Gabus Mendes se tornou mesmo conhecido do grande público como autor de novelas consagradas, como Anjo Mau (1976), Locomotivas (1977), Te Contei? (1978), “Marron Glacê (1979-1980), Elas por Elas (1982), Champagne (1983), Ti Ti Ti (1985-1986), Brega & Chique (1987), Que Rei Sou Eu (1989) e Meu Bem, Meu Mal (1990).
Já seu pai, Otávio Gabus Mendes, iniciou a carreira escrevendo sobre filmes nos anos 20 nas revistas Paratodos e Cinearte. Depois, abriu outra frente nas rádios que então começavam a se consolidadr. Além de radialista, atuou nos primórdios do cinema brasileiro como roteirista, ator e diretor: Ganga Bruta (roteirista, 1933), Onde a Terra Acaba (diretor e ator, 1933), Mulher (roteirista e diretor, 1931) e As Armas (roteirista e diretor, 1930). Em 1940, se notabilizou como compositor da letra em versos sem rima da valsa Súplica, baita sucesso de Orlando Silva.
Para embalar a festa, a orquestra de crianças da Fundação ABCD Nossa Casa e o coral de alunos da faculdade de comunicação FAPSP executarão músicas que fizeram parte da trilha sonora de algumas das novelas de Cassiano Gabus Mendes.
Serviço
Dia Nacional da TV
Homenagem a Cassiano Gabus Mendes
sábado, 19 de setembro, a partir das 15h
Biblioteca Latino-Americana
Fundação Memorial da América Latina, portões 1, 2 e 5
Estacionamento portões 4, 8 e 15