Letícia Lampert é formada em Artes Visuais e Design, com mestrado em Poéticas Visuais. Sua produção atual está voltada para a fotografia, área em que investiga as formas de compreender a paisagem, especialmente a urbana, e as relações humanas com as cidades, mediadas pela arquitetura.
Lampert recebeu o Prêmio Pierre Verger de Fotografia (2013), o III Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea (2013), o Prêmio de Fotografia Chico Albuquerque (2019), entre outros. Em 2018, participou da Bienal do Mercosul (Porto Alegre) e da Bienal de Fotografia de Beijing (China). Realizou residências artísticas no Brasil e no exterior, como The Swatch Art Peace Hotel (2015), em Xangai (China), Residência FAAP (2017), em São Paulo e Pier 2 (2018), em Kaohsiung (Taiwan).
Os trabalhos apresentados aqui integram as séries “Práticas para Destrinchar a Cidade” e “Random City”, ambas ainda em desenvolvimento.
A série “Práticas para Destrinchar a Cidade” foi originalmente inspirada na cidade de São Paulo e traz elementos como a visão sempre barrada por construções, a proximidade sufocante entre prédios, a impossibilidade de ver (ou entender) claramente o horizonte, comuns a tantos centros urbanos. Já “Random City” é um projeto sem data de início ou fim, um contínuo caminhar, em um processo de percorrer cidades a pé para fazer paisagens. Um projeto de deriva improvável que conecta Porto Alegre a Xangai, São Paulo a Nova York, Montevideo a Paris, resultado das andanças da artista que, sempre que possível, segue construindo uma espécie de diário sem cronologia, que vai e volta ligando tempos, espaços e experiências.