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A Fundação Memorial da América Latina apresenta neste 22 de outubro, às 20h30, o terceiro concerto da Série Villa-Lobos, novo programa erudito das noites de quinta-feira. Na verdade, é o antigo projeto Música do Meio Dia, que se realizava toda terceira-feira, na hora do almoço. Ele passa para novo horário e dia da semana, mas o objetivo continua o mesmo: levar ao público, gratuitamente, o melhor da música instrumental e assim contribuir para a formação de platéia no Brasil. Isso em um espaço intimista e aconchegante, ideal para música de câmara.
Nesta quinta, 22, a audição será de canto & cravo. Acompanhado de Daniela Anibeli no cravo, o baixo Rodrigo Theodoro entoará 12 árias compostas sobre o texto "Marília de Dirceu", de Tomás Antonio Gonzaga. Eles pertencem ao Núcleo Universitário de Ópera (NUO), cuja direção e regência é de Paulo Maron. A Série Villa-Lobos também é coordenada pelo professor e maestro Paulo Marón. A apresentação se dará na Sala dos Espelhos, com boa acústica e isolamento sonoro, do Auditório Simón Bolívar. A entrada é franca.
Gabriela Anibali (cravo) é uma participante ativa em master-classes e recitais de piano, cravo, música antiga, música de câmara e correpetição. Bacharelando em piano pela Unesp sob orientação do Prof. André Rangel, ela deve sua formação pianística à Lidia Bazarian e Marisa Rosana Lacorte. Gabriela cursa cravo na Escola Municipal de Música, com a Prof. Terezinha Saghaard. E participa do Coral ECO regido pelo maestro Teruo Yoshida e do Coral Infanto-Juvenil da Escola Municipal de Música, sob a regência de Mara Campos.
Já Rodrigo Theodoro (baixo)em se apresentado como solista em óperas, concertos, recitais e festivais em São Paulo e em várias cidades do interior. Ele iniciou seus estudos musicais em Campinas-SP. Foi aluno do Conservatório Carlos Gomes, posteriormente recebeu orientação vocal de Gledys Pierri (Contralto), Suzel Cabral (Soprano) e Inácio de Nonno (Barítono). Rodrigo participou de diversos grupos vocais, entre eles o Coral Campinas, sob regência de Eduardo Ostergren, o Coral Meninos Cantores de Campinas, sob regência de Akira Kawamoto e Armonico Tributo, sob regência de Edmundo Hora. Integra o Núcleo de Ópera e o Coral Jovem do Estado, sob regência de Naomi Munakata.
O Núcleo Universitário de Ópera – NUO – surgiu em 2003 com a proposta de vir a ser uma companhia que reunisse estudantes de diversas escolas dedicados ao estudo do canto lírico, de instrumentos, de composição e regência. A iniciativa visava criar um espaço para recém-formados ou formandos, destinado a desenvolver um trabalho integrado de aprendizagem e mesmo um laboratório de projetos capaz de promover a necessária sinergia entre conceito e prática de tudo que se relacionasse à ópera.
Hoje o NUO é uma Companhia de Ópera independente, dedicada à formação de estudantes para o gênero. Congrega estudantes universitários recém formados ou em formação. São jovens dedicados ao estudo do canto lírico, de instrumentos ou de composição e regência, vindos de diferentes escolas e universidades. O NUO tornou-se um espaço de aprendizagem, no qual o trabalho por projetos favorece o desenvolvimento dos integrantes em todos os âmbitos relativos ao espetáculo operístico.
Desde seu primeiro trabalho, a versão completa em forma de concerto do musical “West Side Story”, de Leonard Bernstein, em 2003, até a montagem em 2009 de "O Falso Filho", de Joaquin Rodrigo, a iniciativa tem sido regular. Dentre os trabalhos produzidos pelo Núcleo em parceria com a Orquestra Filarmonia, destacam-se: “O Mikado” de W.S. Gilbert e Arthur Sullivan (2004); “Forrobodó”, de Francisco Bittencourt e Chiquinha Gonzaga (2004); “Os Piratas de Penzance”, de W.S. Gilbert e Arthur Sullivan (2005); "A Ópera dos Três Vinténs", de Kurt Weill e Bertolt Brecht (2006); "HMS Pinafore", de W.S. Gilbert e Arthur Sullivan (2006); “A Lua”, de Carl Orff (2007); “Patience”, de Gilbert e Sullivan (2007); “Moscou, Tcheryomushki”, de Dmitri Shostakovich e “Elhijo Finjido”, de Joaquin Rodrigo(2009). No próximo mês de dezembro o NUO produz “Utopia, Limitada” de Gilbert e Sullivan encerrando a programação do ano no Theatro São Pedro.
Paulo Maron assina a produção, direção musical e direção geral de todos os projetos realizados pela Orquestra Filarmonia e Núcleo Universitário de Ópera, coordenando uma equipe composta por cerca de 40 cantores, 50 músicos e 20 profissionais técnicos e artísticos. Maestro e compositor natural de São Paulo, desde 1987 tem se dedicado a regência orquestral e a direção e produção de óperas. Entre 1988 e 2000 exerceu intensa atividade didática nas áreas de regência, história da música, composição e história da arte.
É autor do livro “Afinando os Ouvidos, um guia para quem quer ouvir melhor e saber mais sobre música clássica”, que se encontra na sua terceira edição. Criou a Orquestra Filarmonia em 1992, com a qual realiza primeiras audições no Brasil de obras dos mais renomados compositores. Como compositor teve e continua tendo suas obras executadas por grupos nacionais e internacionais.
Gabriela Anibali (baixo) & Rodrigo Theodoro (cravo)
Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar
Dia 22 de outubro, 20h30
ENTRADA FRANCA
Capacidade: 100 lugares