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Os resultados da inédita pesquisa de dados atmosféricos que o avião não tripulado Atlantik Solar fez em 22 de outubro sobre a floresta amazônica serão anunciados publicamente nesta quarta, 28 de outubro, às 18h30, na Biblioteca Latino-Americana (o protótipo ficaria exposto no Memorial, mas por problemas técnicos não ficará mais, nos informaram os organizadores). Na ocasião serão exibidas filmagens da aventura tecnológica.
Os pesquisadores envolvidos do Atlantik Solar participam da conferência “As novas tendências em energia solar: aplicações e benefícios para o Brasil”, entre eles, Philipp Oettershagen, doutorando da Universidade ETH de Zurique, na Suíça, coordenador do projeto, Gilles Maag, da SUNbiotec (ETH) que desenvolveu uma tecnologia capaz de transformar em energia o vapor de biomassa exposta à energia solar, Roberto Zilles, do Instituto de Eletrontécnica e Energia da USP, que desenvolveu uma máquina de gelo movido a energia solar para comunidades ribeirinhas da Amazônia, e Gustavo Belic Cherubine, presidente da ONG Sociedade do Sol.
O drone, com envergadura de 5,65m e 6,9 kg, desenvolvido na Universidade ETH, da Suiça iria levantar, por meio de sensores, informações atmosféricas – ventos, umidade, temperatura e radiação – em trechos da floresta nunca antes estudados, que vai de Barcarena à Floresta Nacional de Caxiuanã, perfazendo mais 300 quilômetros. O voo do Atlantik Solar foi autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cindacta IV de Manaus (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo).
“Esse tipo de aeronave pode oferecer informações mais precisas e com maior qualidade do que as geradas pelos satélites, de forma mais rápida e mais barata, tornando-se uma boa opção para aprimorar o monitoramento em áreas de médio porte”, diz Philipp Oettershagen, responsável pela aeronave.
O voo na floresta, entre Belém e Caxiuanã, no Pará, seria acompanhado de barco pelos cientistas e por alguns dos parceiros locais do projeto. As autorizações foram solicitadas pelo Censipam, que é um dos parceiros locais essenciais para execução do projeto, ao lado do Instituto Emilio Goeldi, a Universidade Federal do Pará, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Secretarias do Estado do Pará.
O voo marca o fortalecimento de parcerias científicas e de inovação tecnológica entre Brasil e Suíça, por meio de novas colaborações e parcerias entre pesquisadores. “A Suíça não está vindo, está voltando a fazer ciência na Amazônia, depois de pouco mais de um século”, diz Mayra Castro, diretora da Swissnex Brazil em São Paulo, referindo-se ao zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917), que chegou ao Pará em 1894 para estudar o bioma local e acabou dando nome ao Museu Paraense Emílio Goeldi.
Serviço
Conferência As novas tendências em energia solar: o projeto AtlantikSolar, aplicações e benefícios no Brasil
28 de outubro, quarta-feira, 18h30
Biblioteca Latino-Americana
GRÁTIS