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Uma delegação de índios mexicanos visitou a Fundação Memorial da América Latina no domingo, 1º de novembro. Eles estavam acompanhados do cônsul do México em São Paulo, Luis Gerardo Hernandez Madrigal.
Um dos lugares que mais prendeu a atenção do grupo foi o Pavilhão da Criatividade Popular Darcy Ribeiro. Ali há uma coleção de arte popular mexicana que impressiona os visitantes. Também foi mostrado o Altar dos Mortos, tradicional daquele país.
Os mexicanos vieram ao Brasil participar da primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas. Palmas, capital de Tocantis, foi a sede dos jogos e das atividades culturais paralelas. Mais de mil atletas indígenas de diferentes pontos brasileiros convergiram para Palmas. Outros 700 vieram de países como Rússia, EUA, Canadá, Mongólia, Colômbia, Etiópia e Finlândia, além do México, entre outros.
Os mexicanos, aliás, se destacaram ao jogar a pelota mixteca, esporte que remotamente lembra o tênis: a ideia é rebater ao campo adversário uma bola de 900 gramas usando para isso uma espécie de luva de couro com cravos de metal.
Algumas modalidades eram competitivas, como o futebol, a corrida com toras e o arco e flecha. Mas outras eram simplesmente demonstrações de particularidades de povos ancestrais, muitos ainda vivendo em íntimo contato com a natureza, como os Terena, Xerente, Bororo Boe, Asurini, Pataxó, Canela e Guarani-kaiowá, para ficar nos brasileiros.
Eles demonstraram, por exemplo, o rõnkan (por meio de bastões, conduzem um coco de babaçu até o campo do adversário) e a corrida de maracá (revezamento de um chocalho tradicional). Mesmo nas modalidades competitivas, o importante não era ganhar, mas se confraternizar e conhecer outras culturas, como frisaram os mexicanos.