A exposição “Chakana” explora a cruz andina, um símbolo ancestral dos Andes que remonta aos tempos pré-colombianos. No quechua, “Chakana” significa “escada para o mais elevado”, refletindo uma visão de mundo que orienta princípios e valores para uma sociedade harmoniosa. Este símbolo, considerado um “caminho” para a sociedade ideal, permanece como um emblema duradouro da cultura andina.
A Chakana é encontrada em espaços sagrados, tecidos, cerâmicas e esculturas, representando a resistência cultural e a continuidade do equilíbrio ao longo do tempo.
A série fotográfica de Paloma Bazán traduz os princípios ancestrais de harmonia e equilíbrio para o contexto contemporâneo. “Para mim, a Chakana representa uma poderosa síntese da cosmovisão andina, simbolizando o equilíbrio, a reciprocidade, a harmonia com a natureza e a vida em comunidade. Ao escolher esse símbolo como fio condutor da exposição, meu intuito foi capturar esse equilíbrio no mundo contemporâneo. As fotografias refletem isso nas cores vibrantes, nos rostos que transmitem identidade e nas paisagens que evocam a ancestralidade. A Chakana é um elo entre o passado e o presente, e quis que esse diálogo se manifeste em cada imagem da exposição” comenta a pesquisadora e fotógrafa.
Quem é Paloma Bazán?
Pesquisadora peruana-brasileira, nascida no Peru. A fotografia faz parte de sua história familiar há mais de 120 anos, começando com seu bisavô e passando por seu avô e tio, acompanhando a evolução das câmeras desde a era preto e branco até a era digital.
Formada em Comunicação Social, com atuação nas áreas de Design gráfico e Fotografia, é mestra em Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista e atualmente é doutoranda em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo. Seu trabalho concentra-se na pesquisa de manifestações artísticas e simbolismos latino-americanos, além de se dedicar à fotografia documental e experimental, capturando a riqueza cultural de seu país de origem e explorando novas formas de expressão visual.
Desde 2015, desenvolve sua trajetória profissional como fotógrafa. Entre 2017 e 2019, realizou uma série de documentações fotográficas em Cusco, Peru, explorando a riqueza cultural e visual das tradições andinas no cenário contemporâneo.
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