Mostra Soy Loca Por Ti, América!
A nova seção permanente, batizada de “Soy Loca por tí, América!”, proposta pela jornalista e produtora cultural Suzy Capó (co-fundadora do Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual e fundadora da Festival Filmes Distribuidora), estreia nessa 6ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, dedicada ao tema da diversidade sexual. A ideia é que a mostra tenha um lado irreverente, sem segmentar em um ou outro nicho LGBT, mas exibir em conjunto as maneiras essa sexualidade é abordada nas tramas.
Consciente da importância de se ampliar a discussão acerca de questões cada vez mais em evidência, como a regulamentação da união entre pessoas do mesmo sexo em várias cidades latino-americanas e outros direitos a serem adquiridos, o Festlatino cria esse um espaço de expressão cinematográfica para a efervescência das lutas de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT).
Neste ano, Soy Loca por tí, América! tem a proposta de fazer uma retrospectiva de obras que obtiveram reconhecimento, visibilidade e repercussão nos últimos anos, como o sucesso cubano “Morango e Chocolate” (Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, 1994). E finaliza com “Ausente”(Argentina), filme vencedor do Prêmio Teddy do Festival de Berlim de 2011. São filmes que, segundo a curadora, “evocam a veia política, a irreverência, o deboche e o romantismo que caracterizam a experiência queer na América Latina”.
Ausente/Ausente
(Marcos Berger, Argentina) 2010, 87’, HDCam
Martín machuca um olho durante a aula de natação. Sebastián, o professor de ginástica, o leva ao hospital. Depois se oferece para levá-lo para sua casa, mas não há ninguém, pois ia dormir na casa de um amigo. Sebastián precisa tomar conta do aluno, embora desconheça suas verdadeiras intenções.
12/07 (terça-feira), 18h
Memorial da América Latina | Sala 2
16/07 (sábado), 21h
Espaço Unibanco de Cinema Augusta | Sala 2
Dona Herlinda e seu Filho/Doña Herlinda y su hijo
(Jaime Humberto Hermosillo México) 1985, 90’, 35mm
Rodolfo é um médico solteiro que tem um romance secreto com Ramón, um jovem estudante de música. Dona Herlinda, a mãe de Rodolfo, pressiona seu filho para se casar e lhe dar netos. Sem avisar Ramón, Rodolfo se compromete com Olga, uma jovem mais preocupada com seu futuro profissional do que com casamento. Deprimido, Ramón aceita ir morar com dona Herlinda, que tem a fórmula para que todos vivam juntos e felizes.
Ficha técnica: Roteiro: Jaime Humberto Hermosillo, Fotografia: Miguel Ehrenberg, Montagem: Luis Kelly, Trilha: Lauro D. Uranga, Pepe Guízar, Juan Gabriel, José Alfredo Jiménez, Produção: Manuel Barbachano Ponce, Guillermo del Toro, Cia Produtora: Clasa Films Mundiales, Elenco: Guadalupe Del Toro, Marco Antonio Treviño, Arturo Meza, Leticia Lupercio, Guillermina Alba.
14/07 (quinta-feira), 19h
Cinemateca Brasileira | Sala BNDES
17/07 (domingo), 18h
Memorial da América Latina | Sala 2
Morango e Chocolate/ Fresa y Chocolate
(Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, Cuba/México/Espanha/EUA) 1993, 108’, 35mm
David é um estudante de Ciências Sociais na universidade e acaba de romper com sua namorada. Diego é um artista homossexual apaixonado pela cultura e pela liberdade, que vive oprimido pela realidade cubana. Entre eles nasce uma amizade que irá ultrapassar a intolerância e a incompreensão.
Ficha técnica: Roteiro: Senel Paz, Fotografia: Mario García Joya, Montagem: Osvaldo Donatién, Rolando Martínez, Miriam Talavera, Trilha: José María Vitier, Produção: Georgina Balzaretti, Frank Cabrera, Camilo Vives, Cia Produtora: Instituto Cubano del Arte e Industrias Cinematográficos (ICAIC), Instituto Mexicano de Cinematografía (IMCINE), Miramax Films, SGAE, Tabasco Films e TeleMadrid, Elenco: Jorge Perugorría, Vladimir Cruz, Mirta Ibarra, Francisco Gattomo, Joel Angelino, Marilyn Solaya.
16/07 (sábado), 19h
Cinemateca Brasileira | Sala BNDES
Não Conte a Ninguém/No se lo digas a nadie
(Francisco J. Lombardi, Peru/Espanha) 1998, 120’, DVD
Um jovem acomodado da alta sociedade decide fugir do ambiente familiar em que vive, para tentar encontrar sua identidade sexual, marcada desde a juventude pelo abuso das drogas e do álcool. Baseado em um romance do peruano Jaime Baily.
15/07 (sexta-feira), 15h
Cinemateca Brasileira | Sala BNDES
O Menino e o Vento/El niño y el Viento
(Carlos Hugo Christensen, Brasil) 1966, 104’, Beta
A força do vento na cidade de Bela Vista, interior de Minas, fascina um menino e um engenheiro, criando forte laço de amizade entre os dois. Porém, com o sumiço do menino, toda a cidade se volta contra o engenheiro responsabilizando-o pelo desaparecimento.
Ficha técnica: Roteiro: Carlos Hugo Christensen, Millôr Fernandes, Fotografia: Antônio Gonçalves, Montagem: Nelo Melli, Trilha: Lyrio Panicalli, Produção: Carlos Hugo Christensen, Cia Produtora: Carlos Hugo Christensen Produções Cinematográficas, Art Films, Elenco: Ênio Gonçalves, Luiz Fernando Ianelli, Wilma Henriques, Odilon Azevedo, Oscar Felipe, Germano Filho.
17/07 (domingo), 16h
Memorial da América Latina | Sala 2
Tão De Repente/Tan de repente
(Diego Lerman, Argentina) 2002, 90’, 35mm
Marcia é uma garota que leva uma vida rotineira em Buenos Aires. Mao e Lenin são um casal de garotas Punk que esbarra com Marcia e, por algum motivo inexplicável, se esforçam para demonstrar-lhe seu amor. Mao se declara apaixonada por ela e para que não reste dúvida oferece uma prova de amor. A partir de então, as três iniciam uma viagem com destino e regresso incertos. Esta viagem fica cada vez mais assombrosa, com múltiplas mudanças de paisagem, cadências, fantasias e muito humor.
12/07 (terça-feira), 17h
Memorial da América Latina | Sala 1
17/07 (domingo), 20h
Memorial da América Latina | Sala 2
Vera
(Sergio Toledo, Brasil) 1987, 85’, 35mm
Sinopse: Vera Bauer é uma jovem que vive o dilema de se sentir homem preso a um corpo de mulher. Ela passa a adolescência num orfanato e aos dezoito anos consegue um estágio na Biblioteca Pública de São Paulo. No trabalho, conhece Clara e tenta se aproximar dela. As duas se tornam amigas e Vera tenta convencer Clara de que é um homem, vestindo-se e comportando-se como tal. Acuada e solitária, Vera se vê cara a cara com seu grande problema: onde todos vêem Vera, ela/ele sabe que vive Bauer.
16/07 (sábado), 21h
Cinemateca Brasileira | Sala BNDES