O “Son” cubano invadiu o Memorial na noite do dia 23 de fevereiro. Nas vésperas do Carnaval, o hepteto Los Jóvenes Clásicos del Son, vindo diretamente de Havana, conseguiu tirar todo mundo da cadeira para dançar – junto ou separado – em ritmo de salsa, merengue e outros ritmos. Dançante é pouco para definir o espetáculo: contagiante é mais apropriado, já que senhores, adolescentes e mesmo crianças arriscaram uns passinhos no Auditório Simón Bolívar.
A ligação musical existente entre Brasil e Cuba foi salientada pelo contrabaixista Ernesto Reyes, que deu um show à parte, tocando o seu enorme contrabaixo como se fosse um cavaquinho. O vocalista, Pedro Lugo, dançou e encantou o público, com passos típicos das danças populares cubanas.
Duarnte cerca de uma hora e meia de show, a banda mostrou um repertório variado, mas manteve a essência do “Son” como linha rítmica. Os temas executados foram de autoria própria e também dos mais consagrados compositores cubanos como Compay Segundo e Miguel Matamoros. São letras despojadas que falam da vida na Ilha de Fidel Castro. Ao final da apresentação, todos os integrantes tocaram instrumentos de percussão, transformando o ambiente em um autêntico baile carnavalesco.
Jóvenes Clásicos del Son é considerada a nova força da música cubana pela forma fresca e criativa com que abordou a mais pura música tradicional na ilha. Com raízes na região leste de Cuba, especialmente na cidade de Santiago de Cuba, a música dos Jóvenes Clásicos tem como destaque a sonoridade típica da região.
