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Logo após assumir a presidência do Memorial, há pouco mais de 12 meses, Fernando Leça recebeu a visita (em 15 de março de 2005) de Alejandro E. Rojas Blaquier, atual presidente da Bienal de Havana. Acompanhado da cônsul cubana em São Paulo, Amini Arafet Martinez, ele trazia um convite do Ministro da Cultura de Cuba, Abel Prieto, para que Leça fosse ao seu país, conhecesse a Bienal e cumprisse uma intensa agenda visando o aumento do intercâmbio cultural. O presidente aceitou o convite.
Na foto acima, Leça revê um ano depois Alejandro Rojas, na companhia do diretor do Centro de Arte Contemporáneo Wifredo Lam, Rubem del Valle Lantarón, já na ilha de Cuba.
Leça desembarcou em Havana sábado passado, 1º. de abril de 2006, e foi recebido pelo Ministro Abel Prieto. Eles discutiram formas de aumentar o intercâmbio cultural. Desde logo, o ministro cubano mostrou-se interessado em apoiar as iniciativas do Memorial no campo artístico e científico.
Na foto abaixo, Fernando Leça está entre dois dos responsáveis pelo conceito desta Bienal, Ibis Hernandez e José Manuel Noceda. A mais importante mostra internacional de artes plásticas da América Latina, depois da Bienal de São Paulo, este ano teve como tema Dinámicas de la cultura urbana. Segundo Noceda, “as cidades constituem hoje um grande laboratório cultural. Conceitos como “sociedade do espetáculo”, “sociedade da mídia”, “desurbanização”, “cidade esquizofrênica”, etc, tentam dar conta as grandes interrogações localizadas em seu interior”.
Fernando Leça visitou a Novena Bienal de La Habana´2006, inauguarada em 27 de março último e que vai até 27 de abril. Extendendo-se pela Fortaleza de San Carlos de la Cabaña e vários outros locais da cidade, a Bienal convidou 10 artistas brasileiros. A curadora da representação brasileira é a crítica de arte e editora executiva da revista Nossa América Leonor Amarante. Na foto acima o presidente Leça visita a sala do brasileiro Eder Santos , ao lado da cubana Ibis Hernandez, curadora da Bienal. A representação nacional é constituída dos seguintes artistas Rogério Canella, Mariano Klautau, Cinthia Marcelle, José Guedes, Eduardo Srur, Giuliano Montijo, Eder Santos, Rivane Neuenschwander e os coletivos Cubabrasil e Território São Paulo.
“Um dos momentos mais prazerozos da viagem foi ter recebido a visita inesperada de Omara Portuondo”, conta Leça. Esse encontro não foi só o início de uma amizade, mas sim a conversa inicial que pode trazer a diva cubana, imortalizada no filme Buena Vista Social Clube, de Wim Wenders, para uma temporada no Memorial da América Latina. Fernando Leça ainda se reuniu com o presidente do Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematrográficos (ICAIC), Omar González Jiménez, e com Susana Molina Suárez, Vice-presidenta de Relações Internacionais do ICAIC. Com eles tratou de formas de obter o apoio e a participação do cinema cubano no 1o. Festival de Cinema Latino-americano, que o Memorial está preparando para julho deste ano.
Casa de las Américas, importante instituição cubana na área da literatura e da estética, também estreitou relações com o Memorial, na pessoa do presidente Roberto Fernández Retamar, com quem Fernando Leça teve proveitoso encontro. O presidente do Memorial também visitou El Museo Nacional de Bellas Artes.
Ao desembarcar de volta em São Paulo, na manhã de quarta-feira, 5 de abril, Leça trazia na bagagem, além de livros, CDs e DVDs cubanos, todos presenteados pelos cubanos, a certeza de que as trocas culturais entre Brasil e Cuba vão aumentar e bastante.