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São Paulo, 4 de março de 2009.
O II Festival Ibero-Americano de Teatro começou com bom público assistindo a “Noite dos Palhaços Mudos”, depois dos agradecimentos do diretor do Festival, Fernando Calvozo, e das palavras do presidente do Memorial, Fernando Leça. A peça dirigida por Álvaro Assad foi uma das gratas surpresas do ano passado. Em cartaz no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt de São Paulo, capital, teve sua temporada prolongada por várias vezes, tal foi o interesse despertado pelo boca-a-boca. No Memorial, parte do público veio revê-la.
“O espetáculo foi concebido para um teatro muito menor do que o Auditório Simón Bolívar”, disse o ator Fernando Sampaio – que ao lado de Domingos Montagnier forma a impagável Cia La Mínima, do Circo Zanni, desta feita com o não menos engraçado Fábio Esposito – ao final do espetáculo, como se precisasse se desculpar de algumas falhas que ninguém viu. É verdade que a linguagem criada para a peça baseada nos quadrinhos do Laerte, que lembra histórias em quadrinhos e aqueles velhos seriados policiais de televisão, funciona melhor em um espaço mais intimista, onde se pode notar melhor as expressões faciais dos protagonistas. Mas também é verdade que o talento da troupe se agigantou, ocupando todos os espaços do auditório, tanto é que foram aplaudidos várias vezes em cena aberta.
A festa do teatro ibero-americano prossegue, nesta quarta-feira, com o início do ciclo de debates. A partir das 16h, os diretores José Renato e Graça Berman e o crítico teatral Alberto Guzik, sob mediação de Renata Pallottini, discutem o “panorama atual do teatro paulista, frente à América Hispana e Ibérica”.
A noite, o palco do auditório recebe ‘A Senhora dos Afogados’, versão de José Henrique de Paula, para a peça Nelson Rodrigues. Em seguida, é a vez de Fernando Sánchez encenar o M³ (métro cúbico), peça aclamada na Espanha que é um dos destaques do Festival.
Por Eduardo Rascov
Fotos: Fábio Pagan
Foto 4: divulgação
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