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Quem se dirige às salas de cinema do Auditório Simón Bolívar nestes dias de Anima Mundi passa por um verdadeiro “caos” no saguão de entrada. Calma, não é o fim dos tempos, são as oficinas oferecidas pela programação do Festival, que lotam de “crianças” de todas as idades, formando filas que se cruzam por todos os lados. Parte mais interativa e, portanto, inseparável do evento, tais oficinas permitem aos participantes a passagem de espectadores à criadores.
Ao todo são sete oficinas que ocupam todo o foyer do Auditório: zootrópio, animação na película, desenho animado, massinha, pixilation, areia e recortes. O interessante do projeto é estabelecer o primeiro contato com as mais variadas técnicas de animação, permitindo ao admirador (ou não) de cinema, criar o seu próprio filme. É através das oficinas que os jovens adquirem melhor percepção de movimento, temporalidade, enredo, enfim, aprendem como contar uma história animada.
Na oficina de Zootrópio – brinquedo do século XIX -, os participantes fazem 16 desenhos e os colocam no aparelho. Ao girar seu tambor, a ilusão de movimento é criada, permitindo a visualização do resultado da animação imediatamente, dispensando projetores, câmeras e microcomputadores. Um dos avós da animação, o zootrópio ainda fascina quem nele se aventura.
Na animação na película vê-se o avanço das técnicas de animação. Espécie de zootrópio moderno, aqui os alunos da oficina desenham com canetas especiais numa película transparente de 35mm, que logo após é projetada numa “moviola”, equipamento profissional de edição e visualização de filmes. A projeção é feita numa das paredes do teto do Auditório, chamando a atenção de quem passa embaixo do cinema praticado pelos jovens animadores.
A técnica mais conhecida de animação é o próprio desenho animado. Com desenhos feitos numa mesa de luz, um sobre o outro, eles são gravados quadro-a-quadro com câmeras de vídeo. O efeito, numa simplificação, lembra-nos aquelas tentativas de animação feitas em cadernos, quando desenha-se em várias páginas e num rápido folhear, os objetos movimentam-se
Lembrando uma velha atividade de criança, a oficina de recorte permite aos participantes brincar com diferentes elementos, montando personagens e cenários. O resultado é exposto num painel com ajuda de ímãs, sendo que a animação é feita por fotografias tiradas de diferentes posições e movimentos feitos no quadro e editadas sequencialmente.
Uma das mais concorridas é a oficina de massinha. A fila de entrada no espaço dedicada a ela é formada por dezenas de jovens ansiosos em criar, com suas própria mãos, os personagens de suas histórias. Talvez pelo recente sucesso de filmes feitos com essa técnica ela chame tanta atenção, mas é neste tipo de animação que a possibilidade de literalmente (e desculpe o trocadilho) botar a mão na massa, que dê a tal oficina tanto apelo. A dificuldade de sua animação também é um grande desafio, que põe em jogo paciência e cuidado na manipulação dos personagens.
Outra oficina que vem chamando atenção de que passa pelo Auditório é a de Pixilation. Feita com com os próprios participantes, que nas mãos dos monitores se transformam nos bonecos de suas animações. Os alunos se fantasiam e contam as histórias e movimentos que eles mesmos criam. Fotografados quadro a quadro, o resultado é uma divertida e quase sempre surpreendende história animada com pessoas de carne e osso.
Por fim, embaixo da rampa de acesso à sala 1, está a oficina de areia. Sobre uma mesa de luz é colocada uma camada de areia. Com dedos, pincéis e outros instrumentos faz-se desenhos que criam um diálogo entre o claro e o escuro, devidamente registrados por câmeras de vídeo. O resultado geralmente surpreende pela beleza de suas formas e movimentos.
As oficinas acontecem diariamente, das 14hs às 20hs, no saguão do Auditório Simón Bolívar do Memorial. Neste final de férias escolares é excelente e educativo programa tanto pros interessados nas técnicas de animação como praqueles que só querem um pouco de diversão.
Fotos: Ângela Barbour
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