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PROJETO “O LEGADO DE FRANCO MONTORO” É INICIADO COM DEPOIMENTOS DE JOÃO DÓRIA JR., HÉLIO GUERRA, TITO COSTA E QUARTIN DE MORAES.
“O Legado de Franco Montoro” é o nome do projeto iniciado pela Fundação Memorial da América Latina, no dia 4 de maio último, sob a coordenação do professor dr. José Augusto Guilhon de Albuquerque. Ele visa recuperar, documentar, registrar e expor a herança intelectual, política e moral do governador, jurista, professor universitário e artífice da Campanha das Diretas Já André Franco Montoro.
São parceiros do Memorial neste projeto a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, por meio do seu centro de documentação (CPDOC) e a Pontifícia Universidade Católica de SP. Fernando Leça, presidente do Memorial, aliás, esteve com a reitora da PUC, Dra. Maura Pardini Bicudo Veras, no mesmo dia 4 para sacramentar a parceria. Neste encontro, a reitora Veras contou que Franco Montoro foi um dos fundadores da PUC. “Ele foi um dos articuladores na democracia cristã da idéia de se criar uma universidade católica em São Paulo”, ela contou. E lecionou na PUC a vida inteira.
Um dos aspectos do seu legado pouco conhecido é a luta pela integração latino-americana, que pode ser resumida em sua frase: “Para a América Latina, a opção é clara: integração ou atraso”. O projeto “O Legado de Franco Montoro” é constituído de formação de acervo de depoimentos, exposição, seminário e edição de livro. É, pois, não apenas uma homenagem, mas um estudo sobre o homem e o político. E, a partir dele, fazer uma reflexão sobre o passado que ilumine o presente e aponte caminhos futuros.
Para isso, o Memorial está colhendo depoimentos, gravados em vídeo, de personagens que conviveram com Franco Montoro. O primeiro foi justamente gravado sexta, 4 de maio, com João Dória Jr. O jornalista e empresário rememorou os tempos em que seu pai, o líder democrata cristão João Dória, estava exilado na França. “Montoro e papai eram muito amigos. Ele todo ano ia visitar a gente em Paris”. Dória Jr. contou também passagens do período em que esteve na administração pública. Ele presidiu a Paulistur na gestão Mário Covas, indicado por Montoro.
Também gravaram depoimentos Antônio Hélio Guerra Vieira (foto acima), na terça, 8 de maio e Tito Costa (primeira foto), no dia 9. Também vão participar do projeto: Adriano Murgel Branco e Boris Fausto (dia 15); Gilberto Dupas (dia 16); Alceu Amoroso Lima Filho e Marta Godinho (ambos no dia 22 de maio).
Faz parte do projeto “O Legado de Franco Montoro” uma exposição de fotos, livros, documentos e objetos dele. O acervo bibliográfico e documental doado em comodato pelo ILAM (Instituto Latino-americano) ao Memorial e documentos sob a guarda do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro – bem como outros objetos, fotos e documentos cedidos pelos amigos, parentes e outras instituições) – comporão um amplo painel da vida pública de André Franco Montoro em suas diversas facetas. A exposição será inaugurada no dia 16 de julho, na Biblioteca Latino-americana Victor Civita.
No mesmo dia acontece seminário para discutir o legado de Franco Montoro. Está prevista a participação do governador José Serra, que falará sobre o tema “Plano de Governo” de Montoro; Fernando Henrique Cardoso (“Campanha das Diretas”), Eduardo Muylaert (“Montoro, professor de direito”) e Rubens Barbosa (“Integração da América Latina”), entre outros.
Por fim, o projeto “O Legado de Franco Montoro” será finalizado com lançamento de livro com os desdobramentos do seminário e dos depoimentos. Esse material ainda ficará disponível no site do Memorial, com amplo acesso a todos.