Fernando de Oliveira Calvozo é o novo Diretor de Atividades Culturais da Fundação Memorial da América Latina, em substituição a Felipe Macedo. Ex-diretor do Theatro São Pedro e do Departamento de Formação Cultural da Secretaria de Cultura, Calvozo tem larga experiência na área de concepção e produção de projetos artísticos. Atuou, por exemplo, no aperfeiçoamento e expansão das oficinas culturais do Estado e na estruturação e desenvolvimento do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Dirigiu ainda a Orquestra Sinfônica Jovem e a Universidade Livre de Música, bem como produziu o espetáculo teatral Bidu Sayão – Uma homenagem.
Ocupando desde 2005 o cargo de chefe de gabinete da presidência do Memorial, Calvozo assume a diretoria responsável por programar as atividades artísticas da fundação, que incluem música erudita e popular, artes plásticas, cinema etc. E programar em um ano especial como este: em março o Memorial completa 18 anos e em dezembro será comemorado o centenário do arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o conjunto arquitetônico do Memorial. “Tinha grande expectativa em fazer alguma coisa no Departamento de Atividades Culturais. Estou muito animado com a idéia de fazer projetos seriados e apresentá-los em datas regulares de forma que o público possa ter a certeza de que se vier ao Memorial naqueles dias o projeto estará acontecendo”.
Ainda em fase de desenvolvimento e estruturação, Calvozo adianta quais projetos permanentes serão lançados dentro do contexto das comemorações dos 18 anos do Memorial:
“Conexão Latina”
“Música ao Meio-Dia”
“Projeto Adoniran”
“Memorial Sinfônico”
“Raízes Culturais”
“Em cena América”
Por meio deles o Memorial está abrindo espaço para a música popular brasileira que está fora da mídia ou do mercado, para a música erudita sinfônica e de câmera, para o teatro e para a música latino-americana como um todo. Cada um desses projetos terá dia fixo no mês ou na semana, para criar fidelidade no público. O preço do ingresso será subsidiado, sendo cobrado uma taxa simbólica que está sendo definida.
O “Projeto Adoniran” é um filho direto do saudoso “Projeto Adoniran Barbosa”, organizado por anos pela Funarte em São Paulo, que por sua vez descendia do carioca “Projeto Pixinguinha”. A idéia é abrir espaço para músicos instrumentistas, intérpretes e compositores que ou estão fora da mídia e do mercado ou há muito tempo não se apresentam na cidade. Velhos e novos talentos terão encontro marcado com o público do Memorial.
Toquinho, compositor, cantor e virtuose, abre em grande estilo o “Projeto Adoniran” no dia 14 de março. No dia seguinte será a vez do “Memorial Sinfônico” trazer a Orquestra de Câmara do Amazonas. Outras atrações e inaugurações estão prevista para a semana do aniversário do Memorial. Mas Calvozo ainda não pode anunciá-las, pois estão em negociação. “Mas podem esperar novidades, o ano promete”, diz Calvozo com a energia de um noviço e a experiência de quem já fez acontecer por onde passou.