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São Paulo, 19 de junho de 2009.
Pena Branca e Juan Cancio Barreto dividem o palco em show inédito no dia 26 de junho
O palco do Memorial da Amértica Latina ficará pequeno para estes dois violeiros de longa tradição em seus países: o brasileiro Pena Branca e o paraguiao Juan Cancio Barreto se apresentam no Auditório Simon Bolívar no dia 26 de junho, às 21h. Juan Cancio Barreto é herdeiro da mais rica linhagem de violeiros do Paraguai. Já Pena Branca atualiza e perpetua a arte da viola caipira, mesmo após a perda do seu irmão Xavantinho.
Pena Branca e Xavantinho formaram uma das mais importantes duplas caipiras da história. Após a morte de Xavantinho em 1999, Pena Branca seguiu em frente e seu primeiro CD solo, “Semente Caipira”, ganhou o Grammy Latino 2001 na categoria de Melhor Disco sertanejo. Em seguida, o cantor, violeiro e compositor lançou o segundo CD: “Pena Branca canta xavantinho”, somente com canções do irmão.
Nascido na zona rural de Uberlândia (MG), em 1939, Pena Branca (José Ramiro Sobrinho) começou a tocar com Xavantinho (Ranulfo Ramiro da Silva) ainda na infância. Em 1950, quando José Ramiro tinha doze anos e Ranulfo nove, o pai morreu e, junto com seus cinco irmãos, eles se viram obrigados a trabalhar na lavoura.
Seu primeiro compacto, “Saudade”, foi gravado em 1970, quando eles passaram a adotar definitivamente o nome artístico. Durante os anos 790 os irmãos se apresentaram em shows, inicialmente ao lado de Tonico e Tinoco, e mais tarde como atração principal.
O disco “Cio da Terra”, lançado em 1987, teve a participação de Milton Nascimento, promovendo a mistura de estilos musicais. Em 1992 gravaram, com Renato Teixeira, o CD “Ao Vivo Em Tatuí”, conquistando o primeiro Disco de Ouro. A dupla ganhou cinco prêmios Sharp ao longo de sua trajetória.
Agora Pena Branca lança o CD “Cantar Caipira”, que reúne canções inéditas de sua autoria e realiza o sonho de gravar “Casinha de Palha”, de Godofredo Guedes, e regravar dois clássicos do repertório de Pena Branca e Xavantinho, que são: “Jardim da Fantasia” do também mineiro Paulinho Pedra Azul e “Cuitelinho”, domínio público recolhida por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, desta vez com mais versos.
Pena Branca segue em frente na sua carreira enaltecendo a música caipira, fazendo apresentações por todo o país e encantando os mais variados públicos com a pureza de sua música e seu jeito singelo. No repertório do show, não faltarão “Canto do Povo de Um Lugar”, “Cantiga do Arco Íris”, “Janela da Fazenda”, “Jardim da Fantasia/ Bem-te-vi”, “O Cio da Terra” e “Nuvem de Camraia”, entre outras.
Juan Cancio Barreto
Nascido em 1950, em Assunção, Paraguai, Juan Cancio Barreto ganhou seu primeiro violão do pai. Desde a mais tenra idade teve influência de grandes músicos talentosos paraguaios, tais como Mauricio Cardozo Ocampo, Eladio Martínez, Diosnel Chase, Emilio Vaesken, Báez Edmigio Ayala, Samuel Aguayo, Agustín Barboza, Luis Alberto del Paraná e Faustino Brizuela.
Ao longo dos anos, vem conquistando platéias no Paraguai e em outros países como Argentina, Brasil e Chile, onde recebe prêmios e reconhecimentos pelo seu desempenho. Exemplos são a Medalha de Ouro “Melhor Requinto” com o Trio Esmeralda, no Estádio Comuneros (1968); o de “Artista Revelação” no Caravana Show, Chanel 9 (1969).
Na década de 1970, participa do “Noites de folclore” na Guarida del Matrero, juntamente com outros músicos importantes, tais como Maneco Galeano, os irmãos Carlos e Jorge (Necho) Pettengil, Enrique (Gua’i) Torales, Viquito Benítez, Santi Medina, Oscar Gómez, Graciela Abbate , Marcos Brizuela, Maria Cristina Gómez Rabito, Carlos Noguera y muitos outros.
Faz um dueto com Marcos Brizuela, se estabelecendo finalmente com o seu amado instrumento e ganhando vários prêmios: “Guitarra de Ouro”, o prêmio mais apreciadas pelos grandes músicos.; o troféu “Carmín Cosquín” e o “Nandu de Oro”.
Em 1977, ele começa a série de concertos “Guitarra Adentro” com Berta Rojas, em Assunção e que viajar para várias cidades do Paraguai. A idéia de unir a música do violão popular com o violão clássico foi o que os fez querer trabalhar em conjunto.
Na década de 1980 seu filho Juan Angel começa a acompanhá-lo na guitarra e, juntos, recebem a “Medalha de Ouro sucesso e popularidade”, no Festival da Raça, na cidade de Villarica. Em 2004, recebe um disco de platina, da empresa discográfica BlueCaps, para o álbum “Vya’y yave”.
Serviço:
Conexão Latina – Juan Cancio Barreto e Pena Branca
Data: 26 de junho, sexta-feira
Horário: 21h
Memorial da América Latina/ Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Tel. (11) 3823-4600
Ingressos: R$ 15,00 (Bilheteria dia 25, das 14 às 19h, e no dia 26, a partir das 14h)
Livre para todos os públicos