

João Batista de Andrade preside a reunião. À sua direita, os cônsules Gerardo Traslosheros (México), Ana Peñaloza (Argentina), Luis Anda (Equador), Oscar Estragó (Paraguai), Eduardo Rascov (jornalista, Memorial), Felipe Macedo (diretor de atividades culturais, Memorial), Irineu Ferraz (chefe do gabinete, Memorial), Marília Franco (diretora do CBEAL, Memorial), Nadia Melparejo (cônsul do Paraguai), Elmer rodríguez (cônsul geral do Panamá) e Arturo Jarama (cônsul geral do Peru)
A Fundação Memorial da América Latina recebeu nesta manhã uma delegação de cônsules da América Latina e do Caribe representando o Grulac – Grupo de Cônsules da América Latina e do Caribe. Essa associação se reúne regularmente para discutir ações conjuntas no campo político, econômico, diplomático e, principalmente, cultural. Não foi diferente no Memorial.
João Batista de Andrade, presidente do Memorial, abriu a reunião reafirmando que a instituição presidida por ele é a casa dos latino-americanos e caribenhos em São Paulo. “A nossa missão é estreitar os laços culturais com nossos países irmãos. Queremos que vocês comemorem aqui as datas importantes de seus países. Como fizemos recentemente com a Bolívia, declaramos o Memorial território cultural do país que celebra sua data nacional com a gente”.
Tradicionalmente, o Memorial já sedia as festas nacionais promovidas pelos consulados, mas agora ele dispõe e oferece não só toda sua infraestrutura, como propõe uma maior interação. Na reunião surgiram ideias de todo lado (um verdadeiro brainstorm, como se diz em inglês): por exemplo, Marília Franco, diretora do CBEAL – Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, disse que pretende trazer escritores latino-americanos para charlas em nossa biblioteca no que, ato contínuo, a cônsul geral argentina Ana del Carmen Peñaloza acrescentou que então irá solicitar em seu relatório anual verba para transporte e hospedagem de autores argentinos, como já faz para participantes dos festivais de cinema e teatro do Memorial.
Além do incremento dos festivais de teatro e cinema do Memorial, foi discutido como aumentar o apoio dos consulados ao Salão de Outono da América Latina (artes plásticas), doações ao Pavilhão da Criatividade de trajes típicos, objetos da cultura material tradicional e arte popular, bem como livros e filmes à biblioteca do Memorial. Também se ventilou criar uma coleção de livros – editados pelo Memorial – sobre heróis nativos da América Latina, que não estejam exatamente contemplados pela história oficial do continente.
Falando em nome do Grulac, o Cônsul Geral do México José Gerardo Traslosheros reafirmou o desejo do corpo diplomático latino-americano e caribenho acreditado em São Paulo de contribuir para manter o Memorial “vivo e atuante, pois esse é um espaço de integração com a comunidade brasileira”.
Para tanto, ele sugeriu que o Grulac seja comunicado com antecedência de projetos culturais do Memorial para que eles possam se planejar e oferecer o apoio possível. Sugeriu também que haja uma pauta individual, com cada país do subcontinente, para discutir questões específicas, sem deixar, no entanto, de ter como pano de fundo o intercâmbio cultural com toda a América Latina e Caribe. Outra não é a missão do Memorial.
Por Eduardo Rascov