
São Paulo, 18 de maio de 2009.
O escritor uruguaio Mario Benedetti, que morreu aos 88 anos no último dia 17 de maio, colaborou em vários números da Revista Nossa América, publicada pelo Memorial da América Latina desde a sua fundação, em 1989.
Benedetti é considerado um dos mais importantes nomes da literatura latino-americana. Foi incluído no chamado boom do romance latino-americano na década de 60, ao lado do colombiano García Márquez, do argentino Júlio Cortazar, do peruano Vargas Llosa e do mexicano Carlos Fuentes.
O escritor escreveu, entre outras coisas, sobre a decadência de seu país. Foi exilado durante a ditadura uruguaia, tendo vivido na Argentina, no Peru, em Cuba e na Espanha.
Sua primeira colaboração com o Memorial veio junto com o primeiro número da Revista Nossa América, publicado em março de 1989. Na ocasião, ele publicou três contos inéditos: “A Sereia Viva”, “Muito Prazer” e “Lázaro”. No número 4 da revista, ele publicou um poema e no número 19, uma crônica. E no número 31, de 2008, o poeta e crítico espanhol Adolfo Montejo Najas entrevistou o colega uruguaio, em um texto publicado como “Encontro com Mário Benedetti”. As revistas estão disponíveis na Biblioteca do Memorial.
Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, além de roteiros para filmes. Dentre os prêmios recebidos, estão o Iberoamericano José Martí, em 2001, e o Internacional Menéndez Pelayo, em 2005. Seu último livro foi publicado no ano passado e chama-se “Testigo de uno Mismo”.
Por Paloma Varón