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São Paulo, 18 de novembro de 2008.
O Projeto Adoniran do Memorial da América Latina apresenta show com o intérprete Luis Avelima, no dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h30, na Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar. O espetáculo intimista conta com participação de Bira Marques, no piano, e promete emocionar a platéia com um repertório muito especial. A entrada é franca.
O paraibano, radicado em São Paulo, Luis Avelima é cantor, compositor, poeta, contador de histórias e produtor cultural. O artista se destaca pela pesquisa musical que imprime em suas canções, seu trabalho revive, de forma intensa e emocionante, grandes obras musicais que fizeram história na cultura brasileira. O programa da noite está inserido nesse contexto.
No show, Avelima interpreta: “Naquela Estação” (João Donato e Caetano Veloso), “Leilão” (Hekel Tavares e Joraci Camargo), “Lua Branca” (Chiquinha Gonzaga), “O Ciúme” (Caetano Veloso), “Estrada do Sertão” (João Pernambuco e Hermínio Bello de Carvalho), “Viola Quebrada” (Mário de Andrade), “Rosa Tirana” (Domínio Público), “Cidadão” (Lúcio Barbosa) e “Medalha de São Jorge” (Moacyr Luz e Aldir Blanc). Adoniran Barbosa também não fica de fora do roteiro musical; dele Avelima interpreta “Tiro ao Álvaro” e “Bom Dia Tristeza” (parceria com Vinicius de Moraes).
Luis Avelima
Nascido na cidade de Alagoa Nova, na Paraíba, em 1950, Luis Avelima veio para São Paulo em 1964 e atua na área cultural desde 1967. Foi um dos iniciadores do Movimento da Contracultura e, a partir de 1969, tem destacada atuação no jornalismo. No entanto, a música entrou em sua vida quando era muito jovem. Cresceu ouvindo os repentistas e tocadores de viola pelos brejos e sertões paraibanos. Em São Paulo se envolveu com o Movimento da Jovem Guarda, mas foi com as canções e toadas nordestinas que conseguiu um público cativo.
No começo dos anos 70, exilou-se em Moscou, interrompendo então a sua carreira musical. Longe dos palcos por muito tempo, Luis Avelima retomou o seu canto por insistência do Quinteto Violado, com quem atuou e gravou durante algum tempo. Hoje, o cantor tem um trabalho que privilegia autores que estão praticamente esquecidos pela mídia. Na qualidade, portanto, de pesquisador musical, traz de volta nomes como o de Joubert de Carvalho, Laurindo de Almeida e Beduíno, entre tantos outros, além de descobrir nomes importantes para as novas gerações como Juraíldes da Cruz e Rubinho do Vale.
Em 1994, apresentou-se no Teatro São Luiz de Lisboa e no Centro Cultural de San Juan, Puerto Rico. Recentemente, participou de um Festival de Música no Teatro Nacional de Cuba ao lado de Belchior, MPB4, Ney Lopes, Miúcha, Luiz Carlos da Vila, Cláudio Nucci e Quarteto en Cy. Seu mais recente CD (Nobreza) reúne canções de importantes compositores da música brasileira como Carlinhos Vergueiro, Moacyr Luz, Aldir Blanc e Humberto Teixeira. O primeiro foi Prata e o novo álbum está em fase de acabamento e nele Luis Avelima promete mostrar, definitivamente, a que veio. Como compositor, tem parceria com nomes como Maria Dapaz, Antonio Barros, Eduardo Santana, Vidal França, Marco Vilani, Cícero Gonçalves e outros.
Serviço:
Projeto Adoniran: Luis Avelima
Dia 27 de novembro, às 20h30
Memorial da América Latina – Sala dos Espelhos
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda
Tel. 3823-4600
Entrada Franca