/governosp
Pilhas usadas, baterias velhas, aparelhos de rádio e televisão abandonados, CDs, teclados, monitores, mouses, mp3player, câmera digital, impressora, micro-ondas, geladeiras etc – o que fazer com o lixo eletrônico em casa? Eles não podem ser enterrados ou depositados no fundo de rios e mares porque na maioria são feitos de metal pesado e por centenas de anos liberariam elementos químicos tóxicos, prejudicais à vida. Por isso, está aumentando a consciência da necessidade de se reciclar esse tipo de material. Uma boa oportunidade para refletir sobre esse tema fundamental da contemporaniedade é a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo, que se realiza na Fundação Memorial da América Latina nesta quarta, 24 de agosto de 2011.
Está prevista a participação de autoridades municipais e estaduais, como o Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Bruno Covas, o Vereador Gilberto Natalini, o Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, entre outros secretários municipais, e representantes do mundo acadêmico e empresarial. Bem como palestrantes e debatedores nos diferentes paines, tais como Osmar Pinto Jr (coordenador do Grupo de Eletrcidade Atmosférica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Carlos Roberto Vieira Silva Filho (presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública), Sergio Leitão (diretor de políticas públicas do Greenpeace), Lisa Gunn (coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e Marina Grossi (presidente do Conselho Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável), entre outros.
Aproveite e traga seu lixo eletrônico, pois a organização do evento providenciou locais apropriados para o seu descarte e reciclagem. Durante a Conferência será lançada uma nova campanha para recolher os medicamentos vencidos. Atualmente, mais de 90% da população joga os remédios vencidos na pia, vaso sanitário ou lixo comum. Essa prática também prejudica a vida. Se puder, abra a caixa de remédios da sua casa, separe os vencidos e traga-os para a Conferência. É um passo, mesmo que pequeno, para o planeta ficar menos poluído.
Vivemos um período em que as mudanças são urgentes e necessárias. Governos devem estar atentos aos anseios da sociedade para formulação de políticas públicas adequadas e sua devida execução. Empresas devem trabalhar no sentido de se preparar para uma economia de “baixo carbono” e adotar práticas transparentes em relação às suas emissões de gazes de efeito estufa (GEE) e políticas relacionadas às mudanças climáticas.
Como nos anos anteriores, a proposta da Conferência é abrir o diálogo entre o poder público, iniciativa privada e a sociedade civil, para juntos, estabelecerem políticas, ações e atividades, que contribuam para a melhoria da saúde pública, da qualidade de vida e para a difusão de práticas de produção mais limpa e das questões de sustentabilidade. Este é o espírito da 10ª conferência municipal sobre produção mais limpa e mudanças climáticas em São Paulo, que tem o tema “Pegada de Carbono – nós paulistanos frente às mudanças climáticas”. As discussões serão em torno da questão da “pagada de carbono” que, a grosso modo, é uma forma de se calcular quando cada pessoa está contribuindo, individualmente, para a emissão de gases de efeito estufa.
Esta é uma responsabilidade que precisa ser compartilhada por todos. Os veículos que nos transportam, os móveis que compramos, a madeira que usamos na construção ou na reforma, os alimentos que consumimos, os aparelhos eletroeletrônicos que temos em casa e o lixo que produzimos – nossos hábitos de consumo tem relação direta com as mudanças climáticas. Estamos consumindo intensamente petróleo, carvão e gás natural para gerar energia, tanto para a produção industrial quanto para consumo residencial e para os veículos.
O consumo de cada um deixa uma marca, uma pegada de carbono, que pode ser calculada por meio da estimativa de emissões de gases de efeito estufa associada às nossas atividades cotidianas. A pegada de carbono é uma forma de medir nosso impacto no meio ambiente. Precisamos agir no sentido de reduzir nossa pegada. O apoio de todos os setores da sociedade é fundamental para que contribuam efetivamente para melhorar nossa qualidade de vida.