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O Instituto de Saúde (IS), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES/SP), com o apoio do Memorial da América Latina, promove no dia 17 de maio próximo, no auditório do Memorial da América Latina, o Seminário Juventude Negra: preconceito e morte. Coordenado por Marisa Feffermann e Suzana Kalckmann, pesquisadoras do IS. Trata-se de um evento que se insere no ciclo de atividades desenvolvidas pelo Grupo Juventudes e Vulnerabilidades e pela linha de pesquisa Raça/etnia, gênero e saúde do IS. Vem ao encontro da demanda dos movimentos sociais para ampliar e reforçar a campanha “Mano não morre, não mate”.
O evento objetiva criar espaços de sensibilização e instrumentalização que propiciem a troca de conhecimentos, experiências e vivências entre os profissionais e a sociedade organizada para a definição de políticas de saúde e educação mais equânimes. O encontro conta com a participação de pesquisadores da área, ativistas do movimento negro e o rapper Edi Rock.
A experiência do Instituto de Saúde no combate ao racismo e à discriminação tem comprovado, cada vez mais, que é necessário compreender e decodificar os símbolos e os códigos utilizados para a perpetuação desta situação. A promoção do Seminário Juventude Negra é mais uma contribuição do Instituto para discussão desta questão. Segundo as coordenadoras do seminário, é de fundamental importância que haja “uma reflexão conjunta sobre como as instituições geram e/ou agravam as diferenças historicamente construídas”. Elas afirmam ainda ser preciso transformar valores, crenças e concepções distorcidas acerca da realidade do negro. “Avaliamos ser importante a criação de espaços de sensibilização e de instrumentalização que propiciem a troca de conhecimento”.
Durante as duas mesas-redondas que compõem a programação do Seminário serão debatidas questões relacionadas à construção social do preconceito, juventude negra, preconceito institucional, violência policial, aspectos legais e mortalidade da população negra jovem. O evento conta com a participação de representantes de movimentos sociais que discutem temas relacionados a população negra, juventude, aos direitos humanos e à violência, além de pesquisadores do assunto e do rapper Edi Rock. Ao longo do dia serão realizadas três apresentações culturais do grupo de dança TEMBUA, do grupo de rap Comuna Força Ativa e do Grupo de Percussão de São Bernardo do Campo.
Com entrada franca e vagas limitadas, o Seminário Juventude Negra é direcionado aos profissionais das áreas de Saúde e Educação e participantes de movimentos. A programação completa está disponível no site www.institutodesaude.sp.gov.br.
SEMINÁRIO JUVENTUDE NEGRA: PRECONCEITO E MORTE
Programação: Dia 17/05 – quinta-feira
08h00 – Recepção
08h30 – Abertura Cultural com apresentação artística do Grupo TEMBUA – Técnicas Estudos de Matrizes Brasileiras e União Africana
09h00 – Mesa de abertura
09h30 – Raízes históricas do preconceito
Coordenação: Marisa Feffermann – Pesquisadora do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Membro do Laboratório sobre o Preconceito do Instituto de Psicologia da USP
Debatedor: Weber Lopes Góes – Núcleo Cultural Força Ativa Cidade Tiradentes e Educador Social do Projeto “Meninos e Meninas de Rua de Guarulhos”
– Construção social do preconceito – Kabengele Munanga – Professor do Departamento de Antropologia da FFLCH-USP
– Juventude Negra: do Ventre Livre ao ECA – Gevanilda Santos – Coordenadora da Soweto Organização Negra e Professora da FAAP
– A criminalização da juventude popular no Brasil – Vera Malaguti – Instituto Carioca de Criminologia
>> Sessão de Perguntas e respostas
12h00 – Atividade Cultural – apresentação do Grupo de Rap Comuna Força Ativa
13h00 – Intervalo para almoço
14h00 – Cotidiano e Morte
Coordenação: Suzana Kalckmann – Pesquisadora do Instituto de Saúde e Membro do Comitê de Saúde da População Negra da SES/SP
Debatedor: Milton Barbosa – Movimento Negro Unificado e Campanha “Mano não morra, não mate”
– Mortalidade da população negra jovem no Estado de São Paulo – Luís Eduardo Batista – Coordenadoria de Controle de Doenças da SES/SP, Pesquisador do Instituto de Saúde da SES/SP e Representante da SES no Conselho Estadual da Comunidade Negra
– Construção da identidade criminosa e o papel institucional para sua manutenção – Deise Benedito – Presidente da Fala Preta Organização de Mulheres Negras, Membro do Grupo de Trabalho da Ouvidoria da Defensoria Publica de SP e Observatorio da Defensoria Publica de SP
– Violência Policial – Marco Antonio da Silva Souza – Projeto “Meninos e Meninas de Rua de Guarulhos”
– Morte Real – Edi Rock – rapper dos Racionais MC´s e participante da campanha “Mano não morra, não mate”
18h30 – Encerramento: atividade cultural com apresentação do GEP – Grupo de Percussão de São Bernardo
Serviço:
Local: Memorial da América Latina, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Entrada gratuita e vagas limitadas
Inscrições: http://200.144.0.9/popNegra/2007/juventudeNegra/
informações: juventudenegra@isaude.sp.gov.br