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Uma delegação de mais de 50 indígenas da etnia guarani da aldeia Tekoa Pyau, situada ao pé do pico do Jaraguá, em São Paulo, visitou a exposição “Viagem Noturna – Arte Indígena: preservação”, no domingo, 27 de julho de 2008. A maioria era formada por alunos da Escola Estadual Indígena Djekupé Amba Arandu e do Centro de Educação e Cultura Indígena. Como nas aldeias da região de Parelheiros, os pequenos guaranis são alfabetizados primeiros em sua língua e só depois aprendem o português.
Dentre eles, saiu um coral infantil indígena para cantar seus cantos tradicionais rodeado por objetos da cultura material de povos irmãos de outras regiões do Brasil. Um dos objetivos dos guaranis era “re-aprender” técnicas esquecidas e padrões artísticos e assim resgatar algo de sua própria cultura. A Terra Indígena do Parque do Jaraguá foi delimitada ainda no governo de Franco Montoro. A comunidade vive de doações e recursos fornecidos por grupos solidários. Enfrentam dificuldades, como preconceitos, insuficiência de recursos estruturais, materiais e financeiros. Isso a alguns quilômetros do maior centro financeiro da América Latina.
Atualmente, organizados em torno da Associação Indígena República Guarani “Amba Vera”, presidida por Alízio Gabriel Tupã Mirim, eles tentam consolidar uma feira de artesanato ainda incipiente que acontece nos próprios limites da aldeia (Estrada Turística do Jaraguá, 3860/3750), aos sábados e domingos, das 10h às 17h. Eles aceitam doações de alimento e agasalho. O contato pode ser feito através do e-mail intercambio_indigena@hotmail.com
Fotos por Fábio Pagan