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A Fundação Memorial da América Latina inaugura neste sábado, 24 de outubro, a exposição 70 anos do lançamento da bomba atômica em Hiroshima, formada por fotos da época e de filmes abordando o tema. O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, e o governador da província do mesmo nome, Hidehiko Yuzaki estarão presentes, entre outras autoridades da comunidade nipônica e brasileira.
O evento também comemora os 60 anos do Centro Cultural Hiroshima do Brasil. Além dele, organizam a mostra a Associação Nagasaki do Brasil e a Associação Hibakusha do Brasil. Assim como o Memorial, essas são organizações que militam pela paz mundial e pela formação e educação de cidadãos envolvidos na mesma causa. As fotos estarão expostas no saguão da Biblioteca Latino-Americana Victor Civita e os filmes serão exibidos na sala de vídeo (cineclube do Memorial) do Pavilhão da Criatividade. A entrada é franca.
Serão exibidos filmes feitos na década de 50 ou mais recentes que usam imagens da época, além de duas animações. Imagens fortes de um dos momentos mais tristes da história da humanidade. Que não devemos esquecer se queremos que não se repita jamais.
Programação de filmes
Bomba Atômica
Entrada franca
Local: Sala Vídeo (Cineclube, 70 lugares) Pavilhão da Criatividade – Datas: de 3 a 8 de novembro
Dia 3 – Terça – feira – 19Hs.
Chuva Negra (Kuroi Ame) – Shohei Imamura – 1989, 123 min
Após a explosão da bomba atômica em Hiroshima em agosto de 1945, o empresário Shigemato atravessa a cidade com a mulher e a sobrinha, Yasuko. Anos depois, eles tentam achar um marido para a jovem, mas ela é rejeitada várias vezes por suspeita de ter sido contaminada pela radiação.
Dia 4 – Quarta-feira – 19Hs.
Nagazaki 1945 – O sino de Ângelus, Seiji Arihara – 2005 – 80 min.
Trata-se de um longa metragem em desenho animado que retrata o dia 9 de agosto de 1945 e os 40 dias vividos pelo jovem médico Dr. Tatsuichiro Akitsuki, em Nagasaki. Após a explosão da bomba atômica, a 1,4km do epicentro, no hospital onde trabalhava. Akitsuki, apesar de ferido, deu assistência aos sobreviventes, juntamente com sua equipe, mas se vê fraquejado perante tamanha tragédia. Os acontecimentos daqueles dias mudaram sua vida e despertaram nele o verdadeiro amor pela humanidade. Trata-se de um filme que retrata a crueldade humana e o uso dos avanços científicos de forma desumana por meio das armas nucleares, mas também ilustra a busca incessante e necessária para a conquista da paz mundial. Um filme que discute ética, humanitarismo e valores morais na composição da sociedade contemporânea.
Dia 5 – Quinta-feira – 19Hs.
O Túmulo dos Vagalumes – (Hotaru no Haka) – Isao Takahata – 1988, 93 minutos
Uma trágica história sobre dois irmãos – Setsuko e Seita – que vivem no Japão durante a época da guerra que, após tornarem-se órfãos por causa do conflito (sua mãe morreu e seu pai está desaparecido), vão parar na casa de parentes. As coisas pioram quando vão viver em um abrigo no meio do mato. Quando Setsuko, a irmãzinha caçula, adoece gravemente, seu irmão deve se virar para conseguir ajuda para a menina, mas os tempos são difíceis e mesmo um pouco de comida pode ser difícil encontrar.
Dia 6 – Sexta- feira – 19Hs.
Rapsódia em Agosto (Hachi-gatsu no Kyōshikyoku) – Akira Kurosawa – 1991 – 97 min.
Enquanto seus pais vão visitar um parente doente no Havaí, quatro adolescentes japoneses ficam na casa de sua avó, em Nagasaki. A velha senhora ainda sofre com a perda do marido, quando a bomba atômica explodiu no local e a deixou viúva, assim como milhares de outras pessoas. Clark é um americano que, ao tomar conhecimento da perda, decide visitar a família e pedir desculpas pelo ocorrido, deixando frente a frente duas gerações diferentes sobre temas como o perdão e o arrependimento.
Dia 7 – Sábado – 17Hs.
Filhos de Hiroshima (Genbaku no ko) – Kaneto Shindo – 1952 – 97 min.
Obra-prima do cinema japonês. Um dos mais belos filmes já realizados na história do cinema, conta a vida de pessoas simples depois do horror da Segunda Guerra Mundial.
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Dia 8 – Domingo – 17Hs.
Hiroshima, meu amor (Hiroshima, mon amour) – Alain Resnais – 1959 – 90 min
Uma atriz francesa casada veio de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Envolve-se com um arquiteto japonês também casado, cuja esposa está viajando. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças vêm à tona. Ela conta que foi “tosquiada”, pois se apaixonou por um alemão quando tinha apenas 18 anos. Por ter amado um inimigo ela foi aprisionada por sua família numa fria e escura adega e agora, 14 anos depois, novamente sente o gosto de viver um amor quase impossível.
Serviço:
Exposição e mostra de filmes em comemoração dos 70 anos do lançamento da bomba atômica em Hiroshima
e dos 60 anos da Associação Cultural Hiroshima do Brasil
Período: 24 de outubro a 7 de novembro de 2015
Biblioteca Latino-Americana Victor Civita
Terça a sexta, 9h às 18h, sábado 9h às 15h
Grátis