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Escritor vencedor do Prêmio Nobel de Literatura e roteirista de diversos longas-metragens, o colombiano Gabriel García Márquez é o homenageado internacional da sexta edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece de 11 a 17 de julho, com entrada franca.
O evento exibe a única experiência do escritor na direção cinematográfica: o curta-metragem “A Lagosta Azul”, realizado em 1954 na Colômbia e de rara circulação. Outros títulos por ele roteirizados e presentes na programação são “Erêndira”, dirigido por Ruy Guerra em 1983 e protagonizado por Irene Papas e Cláudia Ohana; “A Viúva de Montiel”, do chileno Miguel Littín (1979); e “Ninguém Escreve ao Coronel” (1999), dirigido pelo mexicano Arturo Ripstein, com Marisa Paredes e Salma Hayek no elenco.
No sábado, 16 de julho, o Festlatino terá uma mesa de debate sob o tema “Gabriel García Márquez e o Cinema Latino-Americano”, com a participação de Eric Nepomuceno, tradutor para o português do escritor colombiano, e os cineastas Miguel Littin e Ruy Guerra. A mediação será do crítico José Carlos Avellar.
Já a homenagem brasileira em 2011 é dedicada ao diretor e roteirista baiano Orlando Senna, cujas atividades abarcam a direção do curso de cinema da Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba (instituição que tem García Márquez entre seus fundadores) e o comando da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Estão programados trabalhos por ele dirigidos, como o clássico “Iracema, Uma Transa Amazônica” (co-realizado com Jorge Bodanzky), assim como obras em que atuou como roteirista, entre elas “O Rei da Noite” (1975), de Hector Babenco, e “Coronel Delmiro Gouveia” (1979), de Geraldo Sarno.