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O quinto debate do ciclo programado pelo 1º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo teve como tema “Distribuição e exibição alternativas”. Na mesa, como mediador, o diretor de artes e cultura do Memorial, e também diretor do evento, Felipe Macedo.
O primeiro a falar foi Gabriel Rodriguez, da Coordenación Iberoamericana de Cine Clubes/ Cine Club Bravo e Mundokino.net, que enfatizou as dificuldades de conseguir direitos autorais, romper fronteiras para o cinema e contou sobre a luta que está sendo feita acerca de um acordo entre países a favor da uma livre liberação para alguns filmes, dando “uma cara realmente humana a la globalización”, falou Rodriguez.
Carlos Magalhães, Diretor Executivo da Cinemateca Brasileira discorreu sobre a preservação do acervo audiovisual brasileiro, destacando que deve haver um equilíbrio entre esta e a propagação destes arquivos. Sobre as dificuldades enfrentadas para a manutenção do material, citou o processo de digitalização, que aumenta a qualidade dos filmes e envolve um grande custo, e como isso poderia ser solucionado. “Não devemos esperar as condições ideais para ir a luta”, disse Carlos.
Fazendo uma comparação com o cinema comercial e o alternativo, Fernando Kaxassa, que é Presidente do Centro de Promoção do Cinema (CPCine) disse que o primeiro é perecível. “Um filme comercial pode morrer em semanas”, citou Kaxassa, alegando que o cinema deve voltar para as ruas, a preços populares, e não se situar apenas nos shoppings. Propõe a montagem de salas de apresentação viáveis, fazendo assim parcerias, trocas, exibições de filmes de qualidade, porém, sem espaço. Quanto ao surgimento do DVD, expôs como este facilitou o acesso caseiro a obras importante, porém frisou: “a magia da sala não dá pra perder”.
Fotos: Eduardo Racov