
Todo mês, o Projeto Adoniran traz um grande intérprete da MPB ao Memorial. Quem veio ao show de Joyce Moreno (foto à esquerda), nessa quinta, 15 de abril, no Auditório Simón Bolívar, se deparou com o próprio Adoniran Barbosa sentado ao pé da rampa que leva ao anfiteatro. De chapéu e gravata borboleta, ele estava ali, tomando um trago, com uma caixinha de fósforo na mão esquerda. Ao seu lado, um banco de madeira e atrás um balcão com um velho relógio de ponteiros.
Esta pequeno cenário faz parte da Réplica da estação jaçanã que foi criado para ser o portal de entrada do premio destaque Anavidro 2010 “assossiação de vidraçarias sp” que contou com a presença do grupo demonios da garoa para animar a festa .
O banco foi uma atração a parte. As pessoas gostavam de se sentar nele e de alguma forma interagir com o que a figura de Adoniran Barbosa representa: simplicidade, alegria de viver, vida boemia artística, e criatividade. É o ideal de uma certa urbanidade antiga que deixou saudades. “Era isso mesmo que eu queria”, contou Léo Monroe um pouco antes do início do show de Joyce Moreno, “que as pessoas se vissem refletidas, ficassem à vontade e de alguma forma captassem o espírito de Adoniran”.
Léo Monroe (foto à esquerda) começou suas carreira como vidraceiro, mas logo seu senso estético fez com que criasse interessantes imagens concretas e abstratas em vidro e espelho. Para isso, ele usa técnicas específicas de corte, lapidação e colagem. Atualmente, Monroe tanto desenvolve seu trabalho autoral, quanto executa projetos de arquitetos e designers.
Texto: Eduardo Rascov
Foto acima: http://leomonroe.wordpress.com
Fotos: Daniela Agostini