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“Lamartine Babo”
Lamartine, com as marchinhas carnavalescas “O teu cabelo não nega”, “Grau 10”, “Linda morena”, e “A marchinha do Grande Galo”, entre outras, se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência. Essas e outras marchinhas são cantadas no Musical dramático “Lamartine Babo”, de Antunes Filho, com direção de Emerson Danesi.
Segundo o encenador, “o musical é dramático porque tem uma dramaturgia que conta a história do compositor e faz a ligação do texto com as músicas cantadas. Nada é gratuito. É um projeto antigo do Antunes de encenar os grandes compositores brasileiros. O próximo deve ser Noel Rosa” – revela Danesi.
A direção musical é de Fernanda Maia e Antunes Filho, que assina também a preparação corporal e de voz. O espetáculo mostra o ensaio de uma banda que prepara um show sobre Lamartine ao mesmo tempo recebe a misteriosa visita de um curioso senhor e sua sobrinha.
“A ideia é contar a história de forma divertida, como um espetáculo dominical”, diz Antunes. É uma mudança de rumo no CPT, geralmente afeito a temas mais densos. “A gente pensa tanto que precisa de um respiro”, brinca.
A peça reforça a vocação do grupo de mergulhar na cultura brasileira, iniciada com a montagem histórica “Macunaíma”, em 1978. E representa também a retomada de uma forma mais artesanal de se montar um musical. Muito diferente das superproduções de hoje de teatro e de Carnaval.
Ficha técnica
País: Brasil
Autor: Antunes Filho
Cia: Centro de Pesquisa Teatral (CPT)
Direção: Emerson Danesi
Elenco: Marcos de Andrade, Sady Medeiros, Adriano Bolshi, Natalie Pascoal, Domingas Person, Rodrigo Mercadante (Stand In André Araújo), Flávia Strongolli, Ivo leme, Patrícia Rita, Leonardo Santiago, Ricardo Venturin
Direção Musical: Fernanda Maia
Corpo e Voz: Antunes Filho
Figurinos e Adereços: Rosângela Ribeiro
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
14 de março, segunda-feira, 21h
“Sin Fin (Collage em B/N)”
O início do espetáculo é algo que não pode ser fixado, pois acontecem interferências com o público antes mesmo de ele entrar na sala da apresentação. Um personagem, cuja primeira aparição se dá onde as pessoas esperam para entrar, funciona como uma espécie de eixo condutor entre os diversos fragmentos que compõem a montagem.
A marca da Companhia é o uso de objetos com ações simbólicas durante o desenvolvimento da ação com humor e caricatura, em um trabalho no qual os elementos sonoros, visuais e corporais originam um sistema de códigos secretos. Com isso, a Velatropa cria uma linguagem que permite falar sobre as dificuldades de seu país e fazer o público refletir sobre a sua própria existência.
Ficha técnica:
País: Colômbia
Autor: Criação coletiva
Cia: Cia. Velatropa Colectivo de Arte
Direção: Paula Sinisterra
Direção de artes visuais: Lina Sinisterra
Direção de projetos: Gabriel D’Achiardi
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
15 de março, terça-feira, 19h
“As Folhas do Cedro”
Para esta obra, que ganhou o Prêmio APCA 2010 de melhor texto, Yazbek, filho de imigrantes libaneses, buscou inspiração em sua ascendência, bem como na história de várias famílias de imigrantes libaneses e de outras nacionalidades. O autor esclarece que a peça não é autobiográfica. “É uma obra de ficção a partir de um universo pessoal, uma meditação sobre temas que me interessam”, explica.
A história é narrada pela Filha de um casal de imigrantes libaneses na São Paulo de hoje, que revisita suas origens procurando sua identidade. Para tanto, transporta-se ao Amazonas, nos anos 70, época em que a mãe fora buscar o marido que trabalhava como empreiteiro de obras na construção da estrada Transamazônica, durante a ditadura militar.
Identificada com a busca da mãe a filha, por meio de sua memória e imaginação, procura desvendar a figura do pai e confronta-se com as demais personagens. A peça contrapõe o progresso, representado pelo pai, com a tradição, representada pela mãe. A filha procura se integrar entre esses dois extremos. A personagem menina representa a ancestralidade da filha; ora é a própria filha, ora a mãe, ora os antepassados da família, que viveram no Líbano.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: Samir Yazbek
Cia: Companhia Teatral Arnesto nos Convidou
Direção: Samir Yazbek
Elenco: Helio Cicero, Daniela Duarte, Douglas Simon, Gabriela Flores, Mariza Virgolino, Rafaella Puopolo e a criança Marina Flores, de nove anos
Preparação de atores: Antônio Januzelli (Janô)
Cenografia e figurino: Laura Carone e Telumi Hellen
Trilha sonora original: Marcello Amalfi
Iluminação: Domingos Quintiliano
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
15 de março, terça-feira, 21h
“Septiembre”
“Septiembre” é sobre duas pessoas que aprenderam e descobriram o amor de uma forma diferente. Louca para alguns, ilusão para outros, mas verdadeira para os protagonistas Gael e Lucia. Eles, por circunstâncias da vida, se conheceram e se relacionam de uma maneira diferente da usual. O amor deles se desenvolveu à distância por meio do telefone e da internet.
Com essa distância o sentimento cresce, amadurece e eles chegam a sonhar com uma vida juntos. Planejam muitos encontros, mas a vida os frustra de uma forma ou de outra. O mundo deles está cheio de ilusões, de sonhos e desejos ante a necessidade de preencher o vazio que a ausência física provoca neles. O espetáculo, antes de tudo, é uma história de amor.
Ficha técnica:
País: Bolívia
Autor: Yovinca Arredondo
Cia: Cia. Artística Tucura Cunumi
Direção: Yovinca Arredondo
Elenco: Guillermo Sicodowska e Cecile Montalvan
Desenho de luz e técnica: Ricado Guillen
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
16 de março, quarta-feira, 19h
“Noel, o poeta da Vila e seus amores” – Brasil
O espetáculo conta, por meio de recortes não lineares, a vida do compositor Noel Rosa. Plínio tratou o texto como um “roteiro”, sua intenção é privilegiar as músicas de Noel. Assim, as cenas dramáticas nos servem para ilustrar suas composições e fornecer um mosaico sobre sua vida, contendo em parte da história como, por exemplo, sua polêmica com Wilson Batista, um dos momentos mais ricos da música popular.
O espetáculo é uma fusão entre música, teatro e acomodações fora da esfera comum, que resultou em grande aceitação do público que pôde apreciá-lo. As apresentações já realizadas contaram com lotação esgotada em sua grande maioria, e o espetáculo foi considerado pela crítica um mais belos em cartaz na cidade de São Paulo.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: Plínio Marcos
Cia: Cia. Coisas Nossas
Direção: Dagoberto Feliz
Assistência de Direção: José Eduardo Rennó
Dramaturgismo / Seleção de Repertório: José Eduardo Rennó e Cristiano Tomiossi
Elenco: Cristiano Tomiossi, Ana Gilli, Cibeli Bissoli, Gisela Millás, Katia Naiane, Lívia Camargo, Joaz Campos, José Eduardo Rennó, Alexandre Moura (violão 7 cordas / cavaquinho), Alexandre Ribeiro (clarinete), Klayber Varela (clarinete), Miró Parma (percussão)
Cenário: Flávio Tolezani
Figurino: Daniel Infantini
Iluminação: Ronaldo ias
Visagismo e Adereços: Wander Panhoça
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
16 de março, quarta-feira, 21h
“Rua do Medo”
O espetáculo, uma comédia de costumes, desenvolve-se em uma reunião de moradores interessados em aumentar seu aparato de segurança. As situações que se sucedem acabam provocando uma morte e desvendando o lado oculto dos personagens. Entretanto, predomina a comicidade com uma visão entre complacente e impiedosa para as fragilidades humanas. A cena privilegia o texto e o jogo dos atores com os personagens.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: Leonardo Cortez
Cia: Cia. dos Gansos
Direção: Marcelo Lazzaratto
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
17 de março quinta-feira, 19h
“José Gaspar (la soledad del poder)” – Paraguai
O espetáculo é um apelo apaixonado que defende com fortes argumentos o ditador perpétuo do Paraguai, José Gaspar Rodríguez de Francia (1756-1840), justificando suas ações e apelando para a ingrata solidão de um poder como o dele.
“José Gaspar” revela um pouco da história do Paraguai e mostra a transformação de um povo trabalhador que foi vítima da crueldade sob o jugo de uma ditadura sem precedentes.
Ator e personagem são um só em cena. Jorge Ramos é absolutamente convincente encarnando o ditador paraguaio, um homem que desperta sentimentos de ódio e respeito em seu país. Um firme defensor de uma independência e de um nacionalismo que parecem não ter mais sentido hoje em dia.
Ficha técnica:
País: Paraguai
Autor: Hernán Jaeggi
Cia: Grupo teatral “Arte Total”
Direção: Gustavo Illutovich
Elenco: Jorge Ramos
Música: Patricia Ger
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
17 de março quinta-feira, 21h
“Abanico de Soltera – textos deshojados para una Rosa granadina”
O espetáculo de Juliá é uma homenagem ao universo de Federico García Lorca. Nele, uma mulher é jogada no universo do autor de Granada, suas palavras se fundem com a dança e ela joga com o amor infeliz. Com os objetos que invadem a cena, desafia a morte. Nessa mulher vivem os personagens de Lorca, que recitam suas últimas e solitárias horas. A música tece lembranças como retalhos gastos de memória misturados com poesia.
Ficha técnica:
País: Argentina
Autor: Andrea Juliá
Cia: Cia. Tea Teatro
Direção: Horácio Medrano
Elenco: Andrea Juliá
Assistência de direção: Rodrigo Medrano
Manipulação de objetos: Itatí Fegueroa
Cenografia: Martín Parede e Miguel Angel Nigro
Figurino e objetos cênicos: Miguel Angel Nigro
Música: Gustavo Testa
Assessoramento de flamenco: Perla Fernández
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
18 de março, sexta-feira, 19h
“A humanidade é feia”
A história se passa num espaço confinado e de espera onde os personagens estão entre a vida e a morte. Uns disputam a morte como troféu, outros querem a vida. Mas essa, se não está para escapar deles, haverá alguém para cuidar disso.
O espetáculo trata de temas muito susceptíveis à sensibilidade humana por meio de uma boa dose de humor negro, falando sobre a vida, a morte, a saúde e a liberdade. Ele mostra que a felicidade de um pode ser o terror do outro. A crueldade humana, a infelicidade e o sofrimento que a vida provoca podem nos levar a tomar decisões drásticas e atitudes muito grosseiras, feias.
Pois há mentes muito retorcidas e obscuras e nunca sabemos onde estas podem estar à espreita. Somos todos humanos e todos sentimos. Uns mais com o coração que outros… Humanos mas nem todos iguais. Diferentes como as experiências de vida, origens, fisionomias e maneiras de pensar. Nem sempre temos aquilo que queremos e o melhor é tirar partido do que a vida nos dá.
Ficha técnica:
País: Portugal
Autor: Iñigo Ramirez Haro
Cia: Cia KBB
Direção: João Craveiro
Elenco: Fernando Luís, João Craveiro, Neuza Teixeira, Paulo Duarte Ribeiro
Figurinos: Sandra Ferreira
Design: Pedro M. Leitão
Música original: Tiago Inuit
Desenho de luz e som: Paulo Santos
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
18 de março, sexta-feira, 21h
“Ya lo llamaremos”
Uma vaga de trabalho, um empregador déspota, um candidato disposto a tudo. O espetáculo mostra uma realidade bastante comum, mas as aparências enganam. Uma mudança de papeis colocará mais tensão em uma situação que já é tensa por si só. A desculpa, um teste para conseguir um personagem em uma peça. No fundo, até onde estamos dispostos a chegar quando realmente queremos algo?
Ficha técnica:
País: Uruguai
Autor: Rafael Pence
Cia: Claudio Capucho e Guilherme Vilarrubí
Direção: Rafael Pence
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
19 de março, sábado, 19h
“Descomposición”
O espetáculo conta a história de Carlos e Francisco, que se conheceram na adolescência. Durante oito anos a amizade dos amigos é afetada devido a diversas traições de ambos, que não podem ser evitadas por causa de suas diferentes formas de entender a vida. Contudo, no final da história, justamente a amizade será o motivo da morte de um deles.
Durante a apresentação, os atores Antonio Rojas e Mario Eduardo D’León, tendo como único elemento cênico um retângulo traçado no chão, evocam os lugares onde a história acontece, apostando em um mínimo de elementos para criar a ficção em total cumplicidade com o espectador.
Arthur Henry Fork executa ao vivo uma série de sequências de improvisação sonora que apontam ou contradizem o sentido da cena. Fazendo uso de uma guitarra elétrica, reproduz ruídos cotidianos do entorno da cidade do México, expondo as atmosferas sonoras que a obra evoca.
Ficha técnica:
País: México
Autor: Alfonso Cárcamo
Cia: Colectivo Escénico Seres Comunes
Direção: Alfonso Cárcamo
Elenco: Antonio Rojas e Mario Eduardo D’León
Intervenção sonora: Arthur Henry Fork
Auditório Simon Bolívar – Plateia A
19 de março, sábado, 21h
“Camiños Invisibles”
O espetáculo é uma intervenção cênica resultante de cinco anos de pesquisa da Cia. Nova de Teatro sobre a imigração de povos andinos, tendo como foco as comunidades boliviana e peruana. A performance traz à tona fatos contemporâneos decorrentes desse processo migratório abordando questões inquietantes sobre uma nova geografia cultural, humana e sociológica na cidade de São Paulo, alimentando a criação de uma dramaturgia própria da Companhia com elenco e equipe oriundos também desses países retratados.
Um rito de passagem em formato ritualístico, mesclando performance, música tradicional andina, língua indígena Quechua e Aymara canto e teatro documental, além de questões relacionados ao desenvolvimento da indústria têxtil com uma visão contemporânea emergente. A perfomance “Caminos Invisibles” não pretende contar uma história, mas apresentar imagens e sensações, resultantes desse processo, para que o público estabeleça relações diretas com o seu cotidiano e com os dias atuais.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: Carina Casuscelli
Cia: Cia. Nova de Teatro
Direção: Lenerson Polonini
Colaboração dramatúrgica: Eduardo Brito
Vídeos e fotografias: Cristian Cancino
Musico colaborador: Wilson Sukorski
Atores performers: Carina Casuscelli, Rosa Freitas, Juan Cusicanki, Josefa Pereira, Sueli Feliziani e Adela Escobar e Ilker Ezaki (cajon)
Consutoria Xamânica: Inti Roman
Colaboração de trajes bolivianos: Verônica Yujura.
Praça Cívica
19 de março, sábado, 18h
“Boca de Ouro”
Boca de Ouro foi parido num reservado de gafieira e seu primeiro berço foi uma pia de banheiro onde a mãe o deixou, sob a torneira aberta, num batismo cruel e pagão. O menino cresce e se torna bicheiro temido e respeitado – uma figura quase mitológica na comunidade onde vive. Boca mandara arrancar todos os dentes da boca e implantou dentes de ouro. Ele acreditava que seria enterrado em um caixão todo de ouro. Fascinado com a história do contraventor, após a sua morte um jornalista procura uma ex-amante do criminoso, que descreve o personagem em três relatos diferentes, variando conforme seu estado de espírito.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: Nelson Rodrigues
Cia: Grupo Gattu
Direção: Eloísa Vitz
Direção musical: Rodrigo Scarcello e Gustavo Araujo
Figurino: AdrianaPissecki e Grupo Gattu
Elenco: Elam Lima, Laura Knoll, Marcos De Vuono, Marcos Machado, Eloísa Vitz, Daniel Rocha Rosa, Laura Vidotto, Miriam Jardim, Diogo Pasquim, Daniel Gonzales, Breno Mendes, Adriano Campos
Auditório Simon Bolívar – Plateia B
20 de março, domingo, 19h
“Hilda Hilst, O Espírito da Coisa”
Monólogo sobre a vida e obra de uma das maiores vozes da literatura brasileira traz a concepção e atuação de Rosaly Papadopol (vencedora do prêmio APCA de melhor atriz, em 2009), direção de Ruy Cortez e consultoria literária do escritor José Mora Fuentes (in memorian), presidente do Instituto Hilda Hilst e parceiro da escritora.
A partir dos próprios escritos de Hilda Hilst e entrevistas concedidas por ela, foi levada ao palco a teatralidade de sua voz autoral – a voz de poeta, de pensadora, de contadora de histórias. A Hilda que se fez personagem de si mesma. O espetáculo traça um perfil literário e pessoal da escritora propiciando ao espectador um profundo mergulho nas inquietações da alma humana.
Ficha técnica:
País: Brasil
Autor: José Gaspar Guimarães
Concepção e atuação: Rosaly Papadopol
Direção de Ruy Cortez
Dramaturgia: Gaspar Guimarães
Coordenação de Dramaturgia: José Antônio de Souza
Consultoria Literária: José L. Mora Fuentes.
Cenografia: André Cortez
Figurino: Anne Cerrutti
Iluminação: Fábio Retti
Direção Musical: Tunica
Música especialmente composta: Édson Tobinaga, gravadas pelos músicos: Daniel Collaneri, Tarcísio de Arruda Paes e Edson Tobinaga.
Sala dos Espelhos
20 de março, domingo, 17h30m
“Yo Mono Libre”
Adaptação teatral de “Informe para uma Academia”, de Franz Kafka, que oferece uma incisivo olhar crítico da sociedade humana através da visão sarcástica de “Peter El Rojo”, macaco que adquiriu a capacidade da linguagem auto impondo-se uma duríssima disciplina, utilizando sai aguda capacidade de observação para lutar heroicamente contra as adversidades.
Ficha Técnica
País: Espanha
Teatro Del Temple
Autor – Ricardo Joven
Direção –Alfonso Plou
Elenco – Ricardo Joven
Iluminação – Bucho Cariñena
Fotografia – Galagar
Desenho gráfico – Carmen Pérez
Imagem vídeo – Angel Gonzalvo
Perucas – Virginia Maza
Auditório Simón Bolívar – Platéia A
20 de março, domingo, 21h15
ENTRADA FRANCA