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ORQUESTRA JAZZ SINFÔNICA
SÉRIE JAZZ +
S P O K
Compositor Residente: Cyro Pereira
Diretor Artístico: João Maurício Galindo
Maestro Assistente: Fábio Prado
Dando continuidade à bem sucedida série de concertos, que já trouxe aos palcos do Memorial Jane Monheit, Paulinho da Viola e o saxofonista Proveta, a Jazz Sinfônica recebe no próximo dia 30 de agosto, às 21h Inaldo Cavalcante de Albuquerque, ou Spok. Músico e arranjador da Banda Sinfônica do Recife, mestre e divulgador genuíno do frevo, através do trabalho desenvolvido principalmente através da Spok Frevo Orquestra criada por ele em 2001.
Não só o frevo como existe hoje, mas a sua história será contada por meio das músicas escolhidas em parceria por Spok e o maestro João Maurício Galindo. “Minha idéia é tirar o frevo das ruas para que a gente possa ouvi-lo com mais cuidado e atenção. E, trazendo-o para os palcos, a gente pode tocar frevo o ano inteiro e não só no Carnaval”, disse Spok.
Galindo, que divide a regência da Jazz com o maestro Cyro Pereira, aprecia – e muito – a união da música popular com a clássica. Tanto é que incentivou Spok a escrever arranjos para cordas, coisa que ele nunca tinha feito. “Eu sabia que ele faria bem”, disse o maestro.
Das ruas distantes e dos becos escondidos da Recife do fim do século XIX e início do século XX, ecoaram os primeiros acordes do que viria a ser o frevo incandescente de nossos dias. Cem anos de transformações e amálgama de ritmos marcam a trajetória desse gênero musical que sai do âmbito pernambucano para ganhar o país na década de trinta.
Derivado da mistura de gêneros como a modinha, a quadrilha de origem francesa, do maxixe – gênero brasileiro autônomo, também chamado “tango brasileiro” – da polca, vinda dos salões europeus, o frevo é o representante máximo do ‘sincretismo musical’ de nosso país. Sincopado e brejeiro, seu nome vem diretamente da ‘boca do povo’ que se referia ao ritmo contagiante como “frevura”, desde quando as bandas marciais começaram a invadir as ruas recifenses no século XIX com dobrados, marchas e polcas.
O tempo encarregou-se de transformar não só o ritmo, como também a dança: os capoeiristas deram lugar aos passistas e os pedaços de pau, usados para abrir caminho na multidão e proteger os músicos das bandas, são hoje as leves sombrinhas coloridas.
Saxofonista desde os doze anos, Spok divide a autoria dos arranjos do programa com seus conterrâneos, Mestre Duda e Clovis Pereira. O brilho do espetáculo sempre assegurado pela competência da orquestra Jazz Sinfônica e a regência do maestro e diretor artístico João Maurício Galindo, tem reforço de Luciana Alves e Almir Ávlis nos vocais, Adelson Silva na percussão e Flaira, a passista.
Cyro Pereira abre regiamente o concerto com VENTANIA FREVO de sua autoria e o programa segue com alguns clássicos do frevo como “Vassourinhas” e também com uma composição de Spok “Passo de Anjo”.
É esse o ritmo que vai tomar conta o palco do Memorial no dia 30, às 21h. Os foliões, ou melhor, espectadores, irão se deliciar com o som leve e dançante de Spok e seus companheiros.
Fotos: Paloma Varón
SERVIÇO
Memorial da América Latina
Auditório Simon Bolívar
Rua Auro Soares de Moura Andrade,664
Metrô Barra Funda
Tel: 3823-4768
Data: 30 de agosto (4ª. feira)
Horário: 21h
Bilheteria: de terça à domingo – das 14h às 19h
Obs: No dia 30/08 a bilheteria estará aberta das 14h até o início do show
Ingressos: R$ 30,00 e meia-entrada para estudantes e aposentados
Os ingressos estarão à venda na bilheteria uma semana antes do show
Ou pelo site www.bilheteria.com (tel: 3038-6698)
Lotação: 1609 lugares
Estacionamento no local sem manobrista