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Depois do sucesso do 1º. Panorama do Circo Paulista, organizado pela Cooperativa Paulista de Circo, de 25 de maio a 4 de junho deste ano – no qual quase 11 mil expectadores vieram à lona instalada no Memorial para ver 27 grupos circenses – a Fundação Memorial da América Latina promove em 14 de julho a estréia nacional de um dos espetáculos circenses mais inovadores e impactantes dos últimos tempos:
“Alegria é quando tem um circo dentro do coração da gente.”
(Mario Quintana)
Palhaço
Ei, rosto roto, mambembe e lambuzado de cor,
Me ensina de novo o refrão da marmelada.
Ei, cara gozada que chora e ri ao mesmo tempo,
Faz estripulia e leva um tombo pra eu dar risada.
Ei, moço da roupa larga e do sapato grande,
É gostoso ficar embaixo da lona furada?
Ei, amigão do peito, sujeito sem idade,
Conta pra mim como se faz palhaçada.
(Lalau)
O espetáculo circense Stapafúrdyo é uma encenação com todo o vigor físico dos espetáculos acrobáticos de nível internacional, cuja leitura claunesca resulta num visual contemporâneo e de muito impacto. Arrojado em sua concepção, é o grande lançamento do Circo Roda Brasil, que estréia em São Paulo dia 14 de Julho, com lona montada no Memorial da América Latina.
Sua tenda tem projeto inédito no Brasil, sem nenhum mastro interno, com dois arcos de sustentação externa, dando maior visibilidade de qualquer ponto da platéia e ampliando as evoluções dos números aéreos.
Com roteiro e direção de Hugo Possolo (Parlapatões), Stapafúrdyo faz um panorama dos gêneros da palhaçaria universal, mesclando números acrobáticos com street dance, saltos na cama-elástica com vôos inusitados. O argumento elaborado Por Beto Andreetta (Pia Fraus), Hugo Possolo e Raul Barretto (Parlapatões) parte do mote “errar é humano”, que justifica a excentricidade dos palhaços, vários tipos humanos urbanos desfilam pelo picadeiro.
O cenário traz imagens fantásticas feitas em grafite, com figuras humanas caricatas, estapafúrdias, em desenhos que beiram o non-sense. Estes desenhos ganham vida na pele dos acrobatas que desafiam a lei da gravidade com seus números de risco e adrenalina.
A preparação de técnicas circenses feita pelo diretor do Picadeiro Circo-Escola, José Wilson Moura Leite (Ubu, Pholias Físicas, Pathafisicas e Musicaes e Sonhos de uma Noite de Verão, Ornitorrinco) visa uma inovação dos recursos circenses e sua mescla com outras linguagens corporais, como a cultura de rua (hip hop) e elementos da capoeira.
A linguagem jovem do espetáculo é trabalhada para divertir toda a família, incluindo música tocada ao vivo por três músicos, composta por André Abujamra (Bandas Karnak e Mulheres Negras).
Efeitos de luz, bonecos infláveis e manipulação de objetos, fazem do visual de Stapafúrdyo um atrativo especial. Inspirado numa maneira felliniana de ver o mundo e os seres humanos, o espetáculo circense representa com acrobatas, palhaços e bonecos um universo ao mesmo tempo estranho e divertido.
Um atrativo especial nos bonecos são os bichos infláveis que representam cruzamentos engraçados e estapafúrdios como a giravaca (girafa com vaca) e os porcoletas (porco com borboleta). Além de um número de poodles sanfona, feitos em papel.
Números de impacto como saltos acrobáticos, paradistas, cama-elástica, lira, faixas e quadrante, se integram ao roteiro. Treze artistas foram escolhidos, entre mais de cem concorrentes, em audição realizada em fevereiro, que se integram ao elenco dos palhaços parlapatões Hugo Possolo, Raul Barretto, Claudinei Brandão e Henrique Stroeter.
Sua iluminação recortada, apoiada em soluções tecnológicas, motores movimentando os aparelhos circenses, cenografia com plataformas móveis e música ao vivo, farão do Stapafúrdyo uma nova forma de ver e viver as artes circenses no Brasil.
Um circo que nasceu para rodar o Brasil
Da união dos grupos teatrais Parlapatões e Pia Fraus, com a empresa de comunicação Emigê e o produtor Ricardo Maia, surgiu o consórcio Circo Roda Brasil com o objetivo de renovar o conceito da atividade circense.
Os grupos teatrais Parlapatões e Pia Fraus, ao participarem desse projeto, contribuem fornecendo seus conhecimentos e experiências. Ao mesmo tempo aproveitam as características de suas linguagens específicas, compondo uma unidade no que diz respeito à comunicação direta com a platéia, à utilização de recursos circenses, a uma constante pesquisa cênica e à manutenção de seus respectivos repertórios. Nascido da junção de dois grupos artísticos Parlapatões e Pia Fraus, o Circo Roda Brasil responde aos anseios de artistas que sempre sonharam em seguir pelas estradas levando às cidades brasileiras suas variadas linguagens cênicas: teatro, circo e teatro de bonecos.
Este projeto ganhou vida através da política cultural da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), denominada CCR Cultura nas Estradas. Por intermédio da Lei Rouanet, a CCR – responsável pela administração das concessionárias AutoBAn, NovaDutra, Ponte Rio-Niterói, ViaLagos, RodoNorte e ViaOeste – apóia espetáculos de qualidade para a população, contribuindo para o desenvolvimento cultural do país.
O Circo Roda Brasil procura romper com o pensamento estigmatizado de que circo seja um mero entretenimento superficial. Além de abrigar o espetáculo Stapafúrdyo a lona do Circo Roda Brasil estará estruturada para receber os diversos espetáculos do repertório dos dois grupos.
Com lona de 32m de diâmetro e capacidade para 700 pessoas, o Circo Roda Brasil visa um novo ambiente, com conforto ao espectador, sem que isto signifique ingressos de alto valor. A linguagem visual diferenciada do Circo Roda Brasil traz a vitalidade circense para expor seu lirismo mais contundente.
Para a temporada de lançamento do projeto a lona será erguida no Memorial da América Latina, com a estréia do espetáculo Stapafúrdyo dia 03 de julho. Após a curta temporada de três meses em São Paulo, está prevista uma turnê em mais treze cidades do interior do estado, cidades do Paraná e Rio de Janeiro.
Circo Roda Brasil além do patrocínio da CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias, CCR Cultura nas Estradas tem o apoio da Cadbury Adams através da Lei Rouanet e o apoio institucional da Fundação Memorial da América Latina e da Secretaria de Estado da Cultura.
Fotos: Adriano Capelo
Serviço:
Pré-estréia: 12 de julho
Temporada em São Paulo: 14 de julho a 15 de outubro
Sextas 21h
Sábados e Domingos 17h e 20h
Ingressos: R$20,00 inteira e R$10,00 meia
Local: Memorial da América Latina
Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664 (entrada pelo portão 9)
Ficha Técnica (Resumida)
Roteiro e Direção: Hugo Possolo
Argumento: Beto Andreetta, Hugo Possolo e Raul Barretto
Elenco: Hugo Possolo
Raul Barretto
Claudinei Brandão
Henrique Stroeter
E os acrobatas:
Dri Telg
Carlinhos França
Coelho Conceição
Eduardo Lamberti
Ivã Silva
Jacqueline Cubana
B.boy Fé
Dimitri
Marcio Pial
Martim Alvez
Tânia Aguiar
Sérgio Aguiar
Verônica Ned
Direção de técnicas circenses: José Wilson Moura Leite
Direção Musical e Trilha Sonora Composta: André Abujamra
Coreografia: Jorge Garcia
Cenografia: Hugo Possolo
Fotos: Caetano Barreira
Programação visual: Emigê
Direção de Produção: Raul Barretto e Beto Andreetta
Produção Executiva: Cristiani Zonzini
Administração: Ricardo Maia
Comunicação e Assessoria de Imprensa: Vivian Dozono
Realização: Circo Roda Brasil
(Consórcio entre Parlapatões, Pia Fraus, Ricardo Maia Produções e Emigê)
Patrocínio: CCR – Cultura nas Estradas
Apoio: Cadbury Adams; Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet n° 8.313/91; Fundação Memorial da América Latina e Secretaria de Estado da Cultura.
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Parlapatões e Pia Fraus