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LUZES, CÂMERA, AÇÃO!
MULHERES NA DIREÇÃO!
Após a recente eleição de duas mulheres para cargos nunca antes ocupados por políticos do sexo feminino: Michelle Bachelet, na presidência do Chile, e Angela Merkel, como chanceler alemã, o mundo aguarda para conferir se elas irão imprimir uma outra forma de exercício do poder, trazendo para o mundo da política valores consagrados como pertencentes ao ?universo feminino?. Pegando carona nos fatos, a Videoteca do Memorial lança a questão: existe um olhar feminino? No mês em que é comemorado o dia da mulher (8 de março) serão apresentados alguns filmes dirigidos por cineastas mulheres, meio em que elas também esbanjam talento e competência.
Período: 1 a 31 de março de 2006
Horários das sessões: Terça a Sexta (10h00, 12h00 e 15h00)
Sábado (10h30 e 12h30)
Dias 1 e 16
MEMORIAS DE UN MEXICANO. Direção de Carmen Toscano. México. 1950. 105 min. (Espanhol sem legendas)
Testemunho narrado em primeira pessoa e com imagens reais de um pioneiro do cinema mexicano: Salvador Toscano. Registro de uma parte importante da história do México de 1897 a 1947, mesclando os grandes acontecimentos nacionais e a vida dos mexicanos durante esses anos com a história pessoal de Toscano.
Dias 1 e 31
CARMEN SANTOS. Direção de Jurandyr Passos Noronha. Brasil. 1969. 12 min.
Documentário que aborda os trabalhos da atriz e produtora Carmen Santos (1904-1952), mostrando sua consciência dos entraves e dos sacrifícios para se realizar filmes no Brasil.
Dias 2 e 17
DE CIERTA MANERA. Direção de Sara Gómez. Cuba. 1974. 72 min. Com Mario Balmaseda, Yolanda Cuellar, Mario Limonta, Isaura Mendoza, Bobby Carcases. (Espanhol sem legendas).
Miraflores, bairro construído em 1962 por seus próprios moradores, é resultado dos primeiros esforços da Revolução para erradicar os chamados ?bairros indigentes?, que abrigavam grande parte do antigo setor marginal da população cubana. No filme, intervêm, junto aos atores, alguns personagens reais.
MAR DE ROSAS. Direção de Ana Carolina. Brasil. 1977. 90 min. Com Norma Bengell, Otávio Augusto, Cristina Pereira, Míriam Muniz, Ary Fontoura, Hugo Carvana.
O relacionamento deteriorado de um casal culmina com a tentativa da mulher de assassinar o marido.
Dias 3 e 18
GAIJIN – CAMINHOS DA LIBERDADE. Direção de Tizuka Yamasaki. Brasil. 1980. 105 min. Com Kyoko Tsukamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarasaki, Gianfrancesco Guarnieri, José Dumont.
A história dos imigrantes japoneses no Brasil e suas relações com os italianos e nordestinos.
JÁ QUE NINGUÉM ME TIRA PRA DANÇAR… Direção de Ana Maria Magalhães. Brasil. 1982. 55 min.
Reconstitui a trajetória de Leila Diniz, através de suas imagens e da memória dos amigos, reunindo trechos de filmes, fotos, depoimentos de artistas que trabalharam e conviveram com ela, além de um elenco que revive ficcionalmente fatos marcantes ocorridos em sua vida. Leila é interpretada por Lídia Brondi, Louise Cardoso e Lygia Diniz.
Dias 4 e 21
CAMILA. Direção de María Luísa Bemberg. Argentina / Espanha. 1983. 85 min. Com Susú Pecoraro, Imanol Arias, Héctor Alterio, Elena Tasisto, Carlos Muñoz. (Espanhol sem legendas)
História real sobre o envolvimento de Camila O’Gorman com o padre jesuíta Ladislao Gutiérrez, durante a ditadura de Rosas, na Argentina do século XIX.
PARAHYBA, MULHER MACHO. Direção de Tizuka Yamasaki. Brasil. 1983. 90 min. Com Tânia Alves, Cláudio Marzo, Walmor Chagas, Oswaldo Loureiro, José Dumont.
A história de Anayde Beiriz, amante do assassino de João Pessoa (governador da Paraíba em 1930).
Dias 7 e 22
COLHEITA AMARGA (Bittere Ernte). Direção de Agnieszka Holland. Alemanha. 1985. 105 min. Com Armin Mueller-Stahl, Elisabeth Trissenaar, Wojciech Pszoniak, Käte Jaenicke, Hans Beerhenke.
Durante o último ano da II Guerra Mundial, negociante alemão de origem polonesa abriga em sua fazenda uma judia perseguida pelos nazistas.
A HORA DA ESTRELA. Direção de Suzana Amaral. Brasil. 1985. 95 min. Com Marcélia Cartaxo, José Dumont, Tamara Taxman, Fernanda Montenegro, Denoy de Oliveira.
Macabéa, nordestina jovem e desajeitada, vai viver em São Paulo, onde consegue emprego como datilógrafa. Sua rotina se divide entre o trabalho, a amizade com uma colega e o relacionamento com um desengonçado conterrâneo. Adaptação do romance de Clarice Lispector.
Dias 8 e 23
ROSA LUXEMBURGO (Rosa Luxemburg). Direção de Margarethe von Trotta. Alemanha. 1985. 115 min. Com Barbara Sukowa, Daniel Olbrychski, Otto Sander, Doris Schade, Hannes Jaenicke.
Biografia da militante, oradora e teórica marxista Rosa Luxemburgo, judia-polonesa que liderou uma revolução comunista na Alemanha do começo do século XX e morreu assassinada em 1919.
MISS MARY. Direção de María Luisa Bemberg. Argentina. 1986. 81 min. Com Julie Christie, Nacha Guevara, Eduardo Pavlovsky, Gerardo Romano. (Legendas em espanhol)
A história de governanta inglesa de uma família aristocrática argentina nos anos 1930.
Dias 9 e 24
BUSCANDO A CHANO POZO. Direção de Rebeca Chávez. Cuba. 1987. 25 min. (Espanhol sem legendas)
Documentário sobre Chano Pozo, famoso músico cubano da década de 40, que exerceu grande influência no jazz americano, sobretudo na música de Dizzy Gillespie. Foi assassinado em 1948, no Rio Cafe, Harlem (EUA), durante uma discussão.
ETERNAMENTE PAGU. Direção de Norma Bengell. Brasil. 1987. 100 min. Com Carla Camurati, Antônio Fagundes, Esther Góes, Nina de Pádua, Otávio Augusto.
Retrato dos anos do Modernismo paulista, através da biografia de Patrícia Galvão, a Pagu, figura polêmica que formou com Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral um ruidoso triângulo amoroso.
Dias 10 e 25
O PIANO (The Piano). Direção de Jane Campion. Nova Zelândia/França. 1993. 120 min. Com Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neill, Anna Paquin.
No fim do século XIX, mulher viaja com a filha até a Nova Zelândia para um casamento arranjado com fazendeiro, que a impede de tocar piano.
COCONUT, CANE & CUTLASS. Direção de Michelle Mohabeer. Guiana/Canadá. 1994. 31 min. (Inglês sem legendas)
Neste documentário experimental, a diretora reflete sobre sua herança indo-caribenha, exílio, identidade cultural e sexual.
Dias 11 e 28
DE AMOR E DE SOMBRAS (Of Love and Shadows). Direção de Betty Kaplan. Argentina/Espanha. 1994. 110 min. Com Antonio Banderas, Jennifer Connelly, Stefania Sandrelli, Patrício Contreras, Diego Wallraff.
No Chile dos anos 1970, uma jornalista se apaixona por fotógrafo que ajuda a resistência chilena na luta contra o governo. Ao cobrir uma notícia, esbarram em crime político e enfrentam a sociedade para contar a verdade sobre seu país. Adaptação do romance de Isabel Allende.
JENIPAPO. Direção de Monique Gardenberg. Brasil/EUA. 1995. 96 min. Com Henry Czerny, Patrick Bauchau, Miguel Lunardi, Júlia Lemmertz, Daniel Dantas.
Às vésperas da votação da reforma agrária, o padre Stephen, principal defensor dos sem-terra, mergulha em silêncio inexplicável. Um jornalista americano, que trabalha num jornal brasileiro, tenta entrevistá-lo a todo o custo.
Dias 14 e 29
CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL. Direção de Carla Camurati. Brasil. 1995. 100 min. Com Marieta Severo, Marco Nanini, Antonio Abujamra, Marcos Palmeira.
Aos 10 anos, a infanta espanhola Carlota Joaquina é prometida ao príncipe de Portugal, Dom João VI. É o início de uma trajetória de brigas, infidelidades e rusgas pelo poder que culminam com a vinda da família real ao Brasil em 1808, fugindo das tropas napoleônicas.
PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO. Direção de Sandra Werneck. Brasil. 1996. 91 min. Com Andréa Beltrão, Daniel Dantas, Mônica Torres, Tony Ramos.
Luiza e Gabriel se conhecem por acaso, se apaixonam e iniciam uma relação amorosa. O filme acompanha o itinerário sentimental das personagens revelando a paixão através da forma incomum de um dicionário amoroso.
Dias 15 e 30
ATRAVÉS DA JANELA. Direção de Tata Amaral. Brasil. 1999. 82 min. Com Laura Cardoso, Fransérgio Araújo, Ana Lúcia Torre, Leona Cavalli, Antônio Petrin.
Selma, enfermeira aposentada, vive com o filho Raimundo um relacionamento neurótico e afetuoso, não desprovido de erotismo. Sua rotina começa a ser perturbada quando o filho passa a ter uma mudança de comportamento, que vai acabar levando-a a uma situação irreversível e trágica.
AMÉLIA. Direção de Ana Carolina. Brasil. 2000. 124 min. Com Marília Pêra, Béatrice Agenin, Miriam Muniz, Camila Amado, Alice Borges, Betty Gofman.
No Rio de Janeiro, em 1905, a insólita convivência de Sarah Bernhardt, a mitológica atriz francesa, com três brasileiras de Minas Gerais.
Dias 16 e 31
COPACABANA. Direção de Carla Camurati. Brasil. 2001. 91 min. Com Marco Nanini, Laura Cardoso, Walderez de Barros, Miriam Pires, Ida Gomes.
Unindo imagens do bairro de diversas épocas, conta a história do idoso Alberto, que passa o filme envolto em recordações de amigos e situações que viveu em Copacabana.