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Show com o grupo Raíces de América, no alto dos seus 30 anos de estrada, faz uma mescla de culturas e influências musicais, resultado da variedade multicultural de seus integrantes. A apresentação no Auditório Simón Bolívar tem entrada franca e começa às 21h do dia 16 de abril.
Fundado em 1979, pelo empresário Enrique Bergen, um argentino radicado no Brasil, o grupo de música latino-americana tinha a missão de romper com os padrões da época, em que os grupos do gênero mantinham características primordialmente folclóricas em seus repertórios e formações. Com músicos brasileiros, chilenos e argentinos formou-se o Raíces de América, que teve como madrinha Mercedes Sosa.
O público atraído pelo grupo, na época em que surgiu, era especialmente composto de estudantes engajados nos movimentos políticos brasileiros, tanto pela qualidade musical dos músicos e suas canções, quanto pela concepção dos espetáculos, que tinham abordagens política, folclórica e musical, tão comuns a toda América Latina.
Em sua história, o Raíces de América já produziu onze discos, fez excursões pela Europa e conquistou o segundo lugar com a música “Fruto do Suor”, composta por integrantes do grupo, no Festival MPB Shell no ano de 1982, promovido pela Rede Globo de Televisão. A canção tornou-se um hino para os imigrantes latinos radicados no Brasil.
Os Músicos
Em sua formação atual, o Raíces de América conta com oito músicos, multi-instrumentistas que – com a mescla de instrumentos de cordas (andinos, acústicos e elétricos), flautas (andinas e transversal), bateria e percussão – conseguem revelar toda a riqueza musical sul-americana. São eles:
Willy Verdaguer, argentino, baixista e maestro, participou dos Festivais da Record, acompanhando Caetano Veloso (Alegria Alegria), Gilberto Gil (Questão de Ordem), e Gal Costa (Divino Maravilhoso). Foi baixista, arranjandor e diretor musical dos dois primeiros discos do grupo Secos & Molhados.
Miriam Miràh, brasileira, consagrada como grande intérprete desde que fundou o Grupo Tarancón, é considerada a musa do som latino no Brasil.
Pedro la Colina, natural do Chile, cantor e percussionista. Com a Banda El Comobo, se apresentou na inauguração do Parlatino, no Memorial da América Latina, em 1993.
Oscar Segovia, chileno. De 1968 a 1973 foi baterista do grupo “Amigos de Maria”, como percussionista do grupo Chaski, percorreu o Brasil.
Tadeu Passarelli, cravista, guitarrista, violonista, trombonista. Estudou música a vida inteira, de piano à regência de orquestra e coro, e trombone. Fez parte da banda do musical “Hair”.
Chico Pedro, chileno, pianista, participou de vários grupos, até integrar o grupo Huenteman, participando, então de vários festivais na quinta região do Chile, até 1981.
André Perine, brasileiro, violonista, contra baixista, compositor e arranjador. Trabalhou com Yara Miranda, Denise Assumpção, Itamar Assumpção, João Pacífico, Renato Teixeira, Vidal França entre outros.
Jara Arrais, brasileiro, músico, maestro e arranjador de grupos vocais. Participou do espetáculo musical “Canta América” como cantor e violonista. Atuou nos espetáculos “A Nave Mãe”, “A Água é Vida”.
Serviço
16 de abril, sábado, 21h
Auditório Simon Bolívar
Entrada franca
Fonte: Departamento de Comunicação Social