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O Projeto Adoniran do Memorial da América Latina traz uma das vozes mais bonitas entre as cantoras paulistas surgidas nos anos 80. Ná Ozzetti apresenta-se acompanhada pelo violonista Dante Ozzetti e mostra um repertório diversificado, formado por músicas próprias, entre elas ?Canto em Qualquer Canto? (parceria com Itamar Assumpção) e ?Tempo Escondido? e ?Atração Fatal? (ambas com Luiz Tatit); composições de Dante Ozzetti como ?Ultrapássaro? (parceria com Zé Miguel Wisnik) e ?Estopim? (com Luiz Tatit); além de canções de Sinval Silva (?Adeus Batucada?), Ari Barroso (?Boneca de Piche?), Sinhô (?Canjiquinha Quente?), Chico Buarque (?Já Passou?), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (?Sua Estupidez?) e outros.
O show acontece no dia 20 de junho, no Auditório Simón Bolívar, em um horário que facilita para quem está saindo do trabalho ? às seis e meia da tarde. O ingresso é promocional: apenas R$ 10,00, sendo que estudantes, aposentados etc pagam meia…
Ná Ozzetti é cantora e compositora paulistana. Conviveu com a música desde cedo por influência do ambiente familiar. Já na infância demonstrou grande interesse pelo canto, estudou piano e seus irmãos tocavam outros instrumentos musicais. A primeira experiência em palco foi aos 15 anos como vocalista do grupo do irmão Dante, num festival de colégios. A partir de então, cantar se tornou prioridade e prática constante. Entrou na Faculdade de Artes Plásticas aos 17, e seguia estudando música. Aos 19, começou a ter aulas de canto com a norte-americana Lee Alison. Em 1979, entrou no Grupo Rumo e a carreira profissional teve início. Com o Rumo trabalhou durante 11 anos, fez inúmeros shows e gravou cinco discos. Aos 22 anos conheceu a professora Claudia Mocchi com quem estudou canto lírico por dez anos ininterruptos. No mesmo ano começou a ter aulas de dança com o professor Klauss Vianna, o que fez despertar sua paixão por esta arte, mantendo ao longo destes anos, a dança como principal atividade aliada ao trabalho musical. Foi aluna de Denilto Gomes, Ivaldo Bertazzo, Patrícia Noronha, Adriana Grechi, entre outros. Em 1983 fez as primeiras apresentações solo, iniciando uma sólida parceria com Dante, mantida até hoje. Sua discografia soma cinco álbuns em carreira solo.
Adoniran Barbosa x Projeto Adoniran
Nenhum outro artista representa tão bem a música popular paulistana como Adoniran Barbosa. Nos quase 50 anos em que militou no meio artístico do rádio, da televisão, da produção fonográfica e nas rodas de samba dos bairros boêmios de São Paulo, Adoniran sempre se destacou pela capacidade de transformar em versos bem humorados o dia a dia das personagens que fizeram a história da capital paulista na segunda metade do século XX. Não há no Brasil quem nunca tenha cantarolado pelo menos alguns versos de ?Trem das Onze?, ?Saudosa Maloca?, ?O Samba do Arnesto?, ?Iracema?, ?As Mariposa? e tantas outras. Em todas elas Adoniran pintou um pouco do retrato que conhecemos da São Paulo, atacada pelo progresso do pós-guerra. Impossível fazer justiça ao talento e à valiosa contribuição de Adoniran Barbosa para a música popular brasileira em poucas palavras. O melhor modo para que o Brasil se lembre sempre da importância do seu nome e ajude a perpetuar a sua memória foi encontrado pelo Governo do Estado de São Paulo ao criar e manter funcionando, durante quase dez anos, entre 1990 e 2000, o Projeto Adoniran Barbosa. O trabalho de centenas de artistas brasileiros – que certamente não teriam tido melhor oportunidade não fosse a infra-estrutura técnica, artística e financeira oferecida pelo projeto – foi apresentado para o grande público. Infelizmente, para tristeza dos artistas e do público, as apresentações foram suspensas, mantendo-se a interrupção até agora. No entanto, a partir do março de 2007, por iniciativa da Fundação Memorial da América Latina, o Projeto Adoniran volta à cena, no seu grande auditório, para divulgar a boa música popular brasileira para um público que merece conhecê-la melhor.
A realização do Projeto Adoniran é uma iniciativa da Diretoria Artística do Memorial, com o objetivo de revitalizar o já conhecido Projeto Adoniran Barbosa (1990-2000). A estrutura segue os mesmos moldes das edições anteriores, ou seja, apresentações de música popular brasileira por seus compositores e/ou intérpretes em um espaço com condições físicas e técnicas para tornar público o trabalho dos artistas convidados. A estréia desta nova edição do projeto aconteceu em 14 de março com show de Toquinho, seguindo-se apresentações com Chico César, Fátima Guedes, Arrigo Barnabé e Evinha.
O espaço para a realização dos espetáculos é Auditório Simon Bolívar, do Memorial, que recebe, durante o ano de 2007, um total de 15 apresentações, sempre às quartas-feiras, como nas edições anteriores. Os ingressos são vendidos ao preço de R$ 10,00 (com 50% de desconto para idosos, aposentados, estudantes) e estarão disponíveis na bilheteria do Auditório na véspera e no dia do show, sempre após as 14h.
Projeto Adoniran / Seis e Meia ? Programação 2007
? Dia 6 de junho ? Vânia Bastos & Eduardo Gudin
? Dia 20 de junho ? Ná Ozzetti
? Dia 18 de julho ? Alaíde Costa & João Carlos Assis Brasil
? Dia 8 de agosto ? Wagner Tiso
? Dia 15 de agosto ? Célia
? Dia 19 de setembro ? Zezé Motta
? Dia 17 de outubro ? Suzana Salles
? Dia 14 de novembro ? Maria Alcina
? Dia 21 de novembro ? Mônica Salmaso
? Dia 12 de dezembro ? Demônios da Garoa
Apresentações anteriores:
? Dia 14 de março/07 ? Toquinho
? Dia 11 de abril/07 ? Chico César
? Dia 18 de abril/07 ? Fátima Guedes
? Dia 9 de maio/07 ? Arrigo Barnabé
? Dia 16 de maio/07 ? Evinha
Serviço:
Projeto Adoniran / Seis e Meia
Dia 20 de junho (quarta-feira, às 18h30): Ná Ozzetti
Memorial da América Latina ? Auditório Simon Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 ? Barra Funda/SP Tel: (11) 3823-4600
Ingressos: R$ 10,00 (meia-entrada: R$ 5,00) ? Bilheteria: na véspera e no dia do show, sempre a partir das 14h.