O escritor peruano Mario Vargas Llosa morreu neste domingo (13), em Lima, aos 89 anos. Autor de uma vasta e celebrada obra, ele foi um dos principais nomes do chamado “boom” latino-americano, movimento literário que projetou internacionalmente escritores como Gabriel García Márquez, Julio Cortázar, Juan Rulfo e Carlos Fuentes. Em 2010, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, concedido pela Academia Sueca por sua “cartografia das estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual”.
Com uma produção que atravessa décadas, Vargas Llosa retratou com profundidade as contradições políticas, sociais e existenciais da América Latina, a partir da complexa realidade de seu país natal, o Peru. Sua escrita foi marcada por experimentações formais e narrativas que interligam o íntimo e o coletivo, o político e o humano, consolidando seu nome como um dos grandes romancistas do século XX e início do XXI.
O Memorial da América Latina lamenta profundamente a morte de Mario Vargas Llosa e presta homenagem a um autor que ajudou a moldar a identidade literária do continente. Sua obra permanece como um espelho crítico e sensível da América Latina e seguirá inspirando leitores e leitoras em todo o mundo.
Ao preservar e difundir a cultura latino-americana, o Memorial reconhece a importância de Vargas Llosa como voz essencial do nosso imaginário coletivo. Sua partida é uma perda imensurável, mas seu legado permanece vivo nas páginas que escreveu — e no pensamento que provocou. A Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, localizada no Memorial, abriga vários títulos do autor, incluindo alguns de seus livros mais renomados, disponíveis para consulta gratuita. Venha conferir!