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Obra escolhida, escrita por Jamaica Kincaid em 1996, é considerada uma das mais expressivas da literatura caribenha; Participação é gratuita e pode ser realizada presencialmente na Biblioteca Latino-Americana e virtualmente via plataforma Zoom.
São Paulo – A produção literária latino-americana é destaque em nova atividade do Memorial da América Latina. A Fundação vai debater o romance A Autobiografia de Minha Mãe em 4 de outubro (quarta-feira), das 19h às 21h, o Clube do Livro Latino-americano. A obra, escrita por Jamaica Kincaid em 1996, é originária de Antígua e Barbuda e considerada atualmente uma das mais expressivas da literatura caribenha.
O objetivo do Clube do Livro é ler e debater obras que foram produzidas por autores representativos de diferentes países do continente uma vez ao mês. Para participar, basta fazer a inscrição pelo link
As escolhas dos livros a serem debatidos no segundo semestre de 2023 são todas de autoria feminina. Também está confirmado, para este ano, o debate sobre o romance Exploração (2023), da peruana Gabriela Weiner, a ser realizado em 25 de novembro.
O livro da vez
Poderoso, perturbador e emocionante, este romance de Jamaica Kincaid conta a história de Xuela Claudette Richardson, filha de mãe caribenha e pai meio escocês e meio africano, moradora da ilha de Dominica. Sua mãe morre no parto, e a garota precisa então encontrar seu lugar no mundo sem o auxílio materno.
Kincaid conduz o leitor pela vida de Xuela com extrema habilidade literária: da casa de sua infância, onde ela podia ouvir o canto do mar, e da sala com telhado de zinco onde mora como estudante, até sua casa da velhice. Seu mundo é intensamente físico, cheirando a frutas maduras, enxofre e chuva; e ferve com sua tristeza, sua profunda simpatia por aqueles que compartilham sua história, seu medo do pai e sua solidão arrebatadora.
Com solenidade aforística, Kincaid explora todos os paradoxos desta história extraordinária, que, conclui Xuela, é ao mesmo tempo o testamento da mãe que ela nunca conheceu, da mãe que ela nunca se permitiu ser e dos filhos que ela se recusou a ter.
Sobre o Clube do Livro
Os encontros terão formato híbrido. Além dos participantes se reunirem presencialmente no auditório da Biblioteca Latino-americana, os interessados poderão participar virtualmente, por meio de sessão aberta em tempo real via Zoom – o link será sempre disponibilizado no site memorial.org.br.
O Clube do Livro é gratuito e contará sempre com a presença de mediadores que definem os temas-chaves das leituras e organizarem os comentários. Para o próximo debate, os participantes contarão com a mediação de Olívia Dias Queirós, mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp-Araraquara) e Gabriela Barbosa Neves, mestranda m Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana (DLM/USP).
O auditório da Biblioteca Latino-Americana tem capacidade para receber até 100 pessoas. Para participar do Clube do Livro, basta chegar no local com pelo menos dez minutos de antecedência. A entrada do Memorial mais próxima da biblioteca é o Portão 2, a 300 metros da saída da Estação Barra Funda (Metrô, CPTM, Rodoviária) e logo ao lado da Universidade Nove de Julho (Uninove) – Memorial.
A programação prevista pode ser consultada no site memorial.org.br ou nas redes sociais da Fundação (@memorialdaamericalatina).
Sobre o Memorial
Conhecido como a “esquina da América Latina em São Paulo”, o Memorial da América Latina nasceu com a missão de ser polo de integração social, cultural e político dos países de língua latina e caribenha, para resgatar a antiga ideia de solidariedade e de união defendidas pelos libertadores da América no século 19.
Para isso, era preciso que os latino-americanos não se esquecessem de seu passado, de suas origens. Assim surgiu a Fundação como um “espetáculo da arquitetura”, usando as palavras do próprio Oscar Niemeyer ao traduzir a obra que saiu de sua prancheta. Nela, o antropólogo Darcy Ribeiro se inspirou para costurar o conceito cultural que dialoga com a criação do arquiteto em todas as suas vertentes e atividades.
O Memorial da América Latina é uma fundação de direito público do Governo do Estado de São Paulo, sem fins lucrativos. Tem autonomia financeira e administrativa e está vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, de acordo com o decreto nº 52.085, de 23 de agosto de 2007.
SERVIÇO:
Clube do Livro Latino-americano
Periodicidade: mensal
Horário: das 19h às 21h
Inscrição: https://forms.gle/rZURALn1JB772f8V7
Endereço: Auditório da Biblioteca Latino-Americana. Rua Tagipurus, nº 500. Próximo à estação Barra Funda de metrô (linha vermelha), CPTM e rodoviária.
Entrada Gratuita