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O Memorial da América Latina, em parceria com o Instituto Italiano de Cultura, abre, no dia 14 de setembro, a exposição “Riccardo Cordero: Opere 1960-2006”, com pinturas, gravuras e esculturas do artista italiano Riccardo Cordero. No dia da abertura, Cordero, cujas instalações ornamentam prédios, praças e parques ao redor do mundo, participa de um bate-papo com o público, às 17h. O tema da conversa é “A escultura e a intervenção urbana hoje”.
Para a exposição no Memorial, foram selecionadas 56 obras do artista, que nasceu em Alba (região do Piemonte) em 1942, vive e trabalha em Turim. Cordero formou-se sob a orientação de Sandro Cherchi e Franco Garelli na Accademia Albertina di Belle Arti de Turim, onde atualmente é titular da cadeira de escultura.
Segundo Gianni Oliva, Secretário da Cultura da Região Piemonte, “suas obras são a expressão de uma profunda indagação que sabe aliar à bagagem cultural o espírito de um artista livre de convenções que se permite ser influenciado pelas mudanças dos ‘ânimos’ da sociedade e pela paixão do viver cotidiano”.
Seu percurso como escultor tem início entre os anos 1960-64, período esse em que estabelece como objetivo de seus trabalhos a aproximação ao pensamento formal estruturado. São desse período a obras: “Planos que se movem” (1962), “União espacial” (1963), “Estrutura” (1964), entre outras.
De 1964 a 1965, aparece uma primeira guinada em relação aos conhecimentos acumulados. A famosa obra "O jogador de futebol", de 1964, do acervo da Galleria Civica d’Arte Moderna e Contemporanea de Turim, traz à tona uma reflexão sobre o problema da centralidade da figura humana e, portanto, da figuração.
Entre 1967 e 1970, retoma a indagação sobre o pensamento construtivo estruturado de sua estréia, mas agora numa pesquisa de materiais. Aparecem, assim, obras em alumínio, plexiglass e poliestireno moldado como em “Poli 2” ou “Construção múltipla” (1967) e “Compressão” (1968). No início da década de 1970, recebe inúmeras encomendas de órgãos públicos principalmente no âmbito da edificação de escolas.
Em 1977, Cordero tende a verificar a possibilidade de experimentar a reintrodução de uma figuração narrativa em seu trabalho. As hibridações natureza/figura/moldura apresentam-se em uma série de variações em que o esquema de composição adotado é o do "fragmento" e chamam a atenção de críticos do calibre de Giovanni Arpino.
Na década seguinte, o artista inicia as "provas técnicas" para uma ulterior ampliação dos horizontes iconográficos. No ano de 1986, após um breve parênteses enfrentando desafios aparentemente impossíveis de realizar – em esculturas de paisagem como as obras “Arco-íris” e “A terra-paisagem” – desembocará na obra “Sombras do céu” (1990), anunciando um decênio inteiro de figuração declarada e sistematicamente perseguida.
Em sua produção mais recente, podemos observar, finalmente, uma escultura formalmente livre, que caminha a passos seguros e no universo do espaço e das formas.
Exposições individuais (mais recentes):
1994 – Maison des Arts et Loisirs (Thonon les Bains, França);
Igreja de São Lorenço (Aosia);
Le Dome (Albertville, França);
Palazzo Lomellini (Carmagnola, Turim);
1995 – Gallerie Under Turm (Stuttgard, Alemanha);
1996 – Castelo de Saint Pierre (Saint Pierre, Aosta);
1997 – Rocca Borromeo (Arona);
Norrie Toch Studios Ltd. (Gallane, Edinburgo);
1998 – Palazzo Mostre e Congressi (Alba).
Em 1978, foi convidado para uma individual na XLVIII Biennale di Venezia.
Em 1987, foi selecionado entre os finalistas da Westminster City Competìtion em Londres.
Indicado no Catálogo de Arte Moderna – Bolafifi por Paolo Fossati em 1970, e em seguida no Catálogo da Escultura Italiana – Bolafifi Mondadori em 1983 por Paride Chiapatti e em 1984 por Pier Carlo Santini.
Obras monumentais em locais públicos
Desde 1993 realizou inúmeras obras monumentais em locais públicos, entre outras:
A nova sede do INPS de Collegno (Turim)
Na Lookout Sculpture Fondation na Pennsylvania (USA)
e nos parques Cenisia e Pellerina de Turim.
Serviço:
“Riccardo Cordero: Opere 1960-2006”
De 14 a 30 de setembro
De terça a domingo, das 9h às 18h
Bate-papo com o artista no dia 14, às 17h
Entrada franca
Memorial da América Latina
Galeria Marta Traba (portões 1 e 4)
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda
Teleone: (11) 3823 4600